Cirurgia para câncer de cólon: saiba como é realizada

O câncer de cólon, que também é conhecido como câncer colorretal e câncer de intestino, está entre os que mais matam brasileiros — perde apenas para o de próstata, segundo a Agência Nacional para Pesquisa do Câncer. Um tratamento importante para a doença é a cirurgia para o câncer de cólon.

Para que você tenha noção da gravidade, mais de 36 mil novos casos surgirão até o final de 2019, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Além disso, é importante ressaltar que entre 2008 e 2017 o crescimento da neoplasia foi de 27% e o número de óbitos entre 2006 e 2016 chegou a 45%.

No mundo, a situação não é muito diferente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa neoplasia também ocupa as primeiras posições no ranking dos cânceres de maior mortalidade. Nesse sentido, a entidade ainda alerta para o surgimento de 1,4 milhão de novos casos.

Vale acrescentar que, como forma de tratamento, a intervenção cirúrgica nesse contexto é o método mais recomendado, inclusive na fase inicial da doença. Então, a fim de esclarecer o processo de cirurgia para o câncer no cólon, preparei este artigo. Leia-o até o final e veja como esse procedimento ajuda a salvar vidas!

Quais são os estágios do câncer de cólon?

Necessariamente, a metodologia cirúrgica adotada pelo especialista dependerá muito da evolução do tumor. De todo modo, a cirurgia é fundamental, sobretudo no início. Porém, antes de partimos para os pormenores da operação, destaco alguns estágios dessa neoplasia.

Estágio 1

Quando o tumor fica retido na camada muscular do cólon ou na mucosa ou reto alto, a probabilidade de cura é alta — com recuperação de até 95%.

Estágio 2

Esse é o instante em que o tumor fica delimitado à parte da membrana que reveste o reto ou o cólon, também chamada de serosa. Ou seja, nessa fase, os órgãos vizinhos são atingidos. E, nessas condições, a operação é combinada com outros procedimentos no pós-operatório, o que dá ao paciente a chance de até 84,5% de cura.

Estágio 3

Quando os linfonodos próximos da região do cólon ou do reto são afetados, mesmo que isso não tenha atingido outros órgãos, a cirurgia também é combinada com outras metodologias no pós-operatório. Contudo, é fundamental avaliar riscos, como o retorno da doença, por exemplo. Aqui, a probabilidade de o enfermo ser curado varia entre 34,9% a 87,6%.

Estágio 4

Nessa condição, o procedimento cirúrgico é recomendado em casos muito específicos, porque essa é a fase em que o tumor já se espalhou para órgãos mais distantes, como ossos, pulmão, fígado. Portanto, a possibilidade de melhora não passa de 20%.

Quais são os tipos de cirurgia para câncer de cólon?

O cirurgião, a depender da necessidade, poderá optar por intervenção colonoscópica, que se trata de um processo pouco invasivo. Logo, ela é ideal para a retirada de tumores superficiais ou pequenos, confinados na membrana mucosa. Entretanto, há outros procedimentos, como será mostrado a seguir.

Laparoscopia

A operação de colectomia remove uma parte do cólon ou todo ele e os gânglios linfáticos perto do órgão. Ela pode ser feita via laparoscópica, através de pequenas incisões — orifícios por onde o aparelho é introduzido. Assim, o cirurgião pode acompanhar o procedimento passo a passo, com o auxílio da câmera.

Aberta

Esse método tem como objetivo retirar a parte afetada do intestino. Trata-se de uma cirurgia de médio porte, cuja duração pode chegar a 4 horas. Em raríssimos casos, o cirurgião opta pela colostomia temporária. Mas, é claro, isso também depende da condição oncológica do paciente.

A cirurgia para câncer de cólon é o principal método, sobretudo, quando a doença está na fase inicial. Mas, infelizmente, 45% dos brasileiros deixam de realizar exames de rotina de fezes e urina que são vitais para a manutenção da saúde. Então, alerte outras pessoas e faça os testes também.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

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