O câncer de ovário é uma doença grave e, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o segundo tipo de tumor ginecológico mais comum, perdendo apenas para o câncer de colo de útero.
Essa neoplasia maligna pode se manifestar de diferentes formas, a depender do tipo de célula em que se desenvolve. Neste artigo, explicaremos tudo sobre cada uma delas e as respectivas formas de tratamento.
1) Tumores epiteliais
O ovário é uma estrutura composta por três principais grupos de células: epiteliais, germinativas e da teca-granulosa. Os tumores epiteliais representam cerca de 95% dos casos de câncer no ovário.
Por sua vez, esse tipo de neoplasia é subdividido em outros cinco diferentes tipos: benignos, com baixo potencial de malignidade, malignos, carcinoma peritoneal primário e das trompas de Falópio.
Os tumores epiteliais benignos não apresentam risco de disseminação e não são considerados graves. Por sua vez, o tumor com baixo potencial de malignidade também não se disseminam e não apresentam sinais claros de câncer.
Ainda, os tumores epiteliais malignos são chamados de carcinomas e se comportam de forma distinta. Enquanto alguns tendem a crescer lentamente, outros podem se disseminar mais rapidamente.
Já o carcinoma peritoneal primário surge nas células que revestem as trompas de Falópio, sendo mais frequente em mulheres que precisaram remover os ovários. Por último, o carcinoma das trompas de Falópio é raro e se desenvolve nesta estrutura.
No que se refere ao tratamento, a cirurgia é a principal forma para retirar o tumor e fazer o estadiamento da doença. Em seguida, a quimioterapia é indicada para remover os resíduos e evitar recidivas.
2) Tumores estromais
Os tumores estromais são menos comuns e representam apenas 1% dos casos de tumores no ovário. Podem ser classificados como tumores de células grandes, tumores da teca-granulosa, tumores de células de Sertoli-Leydig, tecomas, fibromas e tumores estromais benignos.
Geralmente, a doença é diagnosticada em mulheres com mais de 50 anos. Os tumores estromais se caracterizam pela produção de hormônios femininos. Por isso, em mulheres jovens, podem alterar os períodos menstruais e acelerar o desenvolvimento da mama.
De modo geral, todos os tumores estromais são tratados com cirurgia. Quando se apresenta em um tamanho maior, o tratamento cirúrgico é realizado para diminuir o seu volume e, posteriormente, aplica-se quimioterapia ou hormonioterapia.
3) Tumores de células germinativas
Diferente dos tipos anteriores, os tumores de células germinativas comumente são benignos; Por outro lado, quando são malignos costumam ser fatais. A doença é classificada em três tipos: teratoma, disgerminoma e tumor do saco vitelino.
No caso do teratoma, pode acometer mulheres em idade reprodutiva ou com menos de 18 anos. Já o disgerminoma é o mais recorrente e costuma afetar adolescentes e mulheres jovens. Quando estão limitados ao ovário, são maiores as chances de cura.
Por último, os tumores do saco vitelino são raros e capazes de se disseminar rapidamente. No que se refere aos sintomas, esse tipo pode causar inchaço, dor pélvica, necessidade urgente e frequente de urinar, dor de estômago ou nas costas, fadiga e desconforto durante o ato sexual.
Geralmente, os tumores de células germinativas, inclusive os benignos, são tratados com a remoção cirúrgica de parte do ovário. Além disso, a quimioterapia é parte importante do tratamento.
Então, com a leitura deste post, você conheceu os principais tipos de tumor no ovário e suas formas de tratamento. De modo geral, trata-se de uma doença grave e de difícil diagnóstico, o que explica a alta taxa de mortalidade.
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