O que chamamos de câncer é, na verdade, uma série de doenças diferentes que possuem em comum o tumor maligno, que pode ser fatal. Para muitas dessas patologias, há tratamentos que podem impedir seu desenvolvimento e até mesmo exterminá-las, enquanto outras permanecem incógnitas para a medicina.
Assim como o Mal de Parkinson, o Alzheimer, a esclerose e a AIDS, grande parte dos cânceres não tem cura. Muitos tumores assustam pela sua imprevisibilidade e são devastadores para os pacientes e seus familiares.
Mas afinal, por que isso acontece? Para analisar a questão, vamos primeiro rastrear como acontece o desenvolvimento da doença.
Como se inicia um câncer?
Desejar a cura do câncer é como querer que as infecções também tenham uma solução para todos os seus tipos. Cada tipo tem um tratamento específico e, mesmo que tenham padrões comuns, ainda assim não é possível criar uma só fórmula para acabar de vez com essas doenças. O processo de pesquisa é gradual e distinto, onde, num grau comparativo, a oncologia ainda é uma área da medicina que “sabe pouco” sobre seu foco de atuação.
Cada tumor maligno tem as características próprias do órgão no qual se iniciou. Além disso, um mesmo tecido consegue ter uma evolução distinta, que pode ser diferente em cada pessoa. Tumores com aparência idêntica podem ter evoluções completamente opostas. Enquanto um avança mais lentamente e pode ser melhor detectado em exames, outro se espalha com muita rapidez, antes mesmo de serem descobertos.
A forma como as células se desenvolvem pelo corpo é o grande mistério da doença. Células saudáveis de um órgão só conseguem se desenvolver nele, enquanto as cancerígenas se espalham e se desenvolvem facilmente em qualquer local do corpo, o que se chama de metástase.
A estratégia do câncer é semelhante à estratégia da própria vida humana. Enquanto todos já fomos uma única célula a partir da fusão do espermatozoide com o óvulo, para em seguida se transformar em milhares, o câncer também se forma de uma única célula e se prolifera em milhares.
Segundo cientistas, quando a ciência conseguir ter identificado a causa dessa capacidade de proliferação de todos os tipos de tumores cancerígenos, será possível também saber como se forma a própria vida, já que os princípios são os mesmos.
Essa identificação pode fazer com que a ciência faça o processo inverso ao câncer: enquanto as células malignas destroem o corpo, a ciência poderá rejuvenescer, ampliando radicalmente a qualidade de vida da humanidade.
É possível, sim, curar alguns tipos de câncer
Há uma mística em torno do câncer, onde muitas pessoas ainda se referem a ele como o “nome que não se deve ser pronunciado”, como se apenas a menção sobre a doença fosse capaz de atraí-la.
O câncer não é uma doença em si, mas um tipo de doença. E é preciso identificá-lo para que seja ministrado o tratamento correto. Afinal de contas, não há um tratamento uniforme e sim várias possibilidades.
É importante ter em mente que o quadro do câncer não é tão desesperador e irreversível quanto se pode pensar. A grande maioria dos tumores tem grandes chances de serem curados na fase inicial. Alguns deles têm chance de reversão até mesmo em estágio avançado, como é o caso do câncer nos testículos.
Muitos pacientes vão aprendendo a trocar o nome “cura” por “controle”, ao conseguirem ter uma vida longa e de qualidade mesmo com a doença, apenas administrando o tratamento. O fundamental é manter os exames em dia, prevenindo imprevistos no futuro.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!