O câncer de endométrio é um dos cânceres do trato ginecológico mais comuns. Ele se desenvolve principalmente após a menopausa. Uma a cada 15 mil mulheres no Brasil, aproximadamente, sofre com esse problema a cada ano que passa.
A metástase, que é a propagação do tumor para outros órgãos, pode ser bastante frequente nos casos de câncer de endométrio. A boa notícia é que se for diagnosticado nos estágios iniciais, ele possui taxas elevadas de cura. 90% dos casos descobertos precocemente alcançam excelentes resultados com as diversas formas de abordagem de terapêutica.
Entenda melhor.
Câncer de endométrio: entenda
Câncer é a neoplasia maligna de determinada célula. Isso significa que uma célula anormal está se proliferando descontroladamente em alguma região do corpo. Essa célula, sofre por algum motivo inexplicado, uma mutação genética em seu DNA que desencadeia esse processo atípico, dando origem aos tumores.
Os tumores podem ser benignos ou malignos. Nos tumores benignos, apesar da multiplicação ser desordenada, não há risco de atravessarem outros tecidos e se espalharem pelo corpo. Após a sua retirada, a pessoa fica livre do problema. Também é possível conviver com algumas dessas neoplasias tranquilamente.
Nos casos de câncer, os tumores são malignos. No câncer de endométrio, as células que revestem o útero se multiplicam formando uma massa que compromete a função do tecido. Quando não tratado, o câncer infiltra pelos tecidos adjacentes, invadindo outros órgãos. Muitas vezes, a borda do tumor não é bem definida, fazendo com que sua extração não seja possível sem ter que retirar o endométrio todo.
Os tipos de câncer de endométrio são diversos. Conheça os principais:
Tipos de Câncer de endométrio
Os sarcomas representam apenas 20% do total dos tumores desse tipo.
Já os carcinomas somam 80%. Eles se dividem em duas classificações:
O Tipo 1 tem a origem relacionada às altas taxas de estrogênio na corrente sanguínea ou decorre da multiplicação anormal de células no endométrio. Os carcinomas do tipo 1 tem a progressão lenta e demoram a se espalhar.
Os carcinomas do tipo 2 são mais raros. Porém, costumam crescer e se propagar fora do útero, por isso são mais agressivos que o tipo 1. A origem desses tumores não é conhecida. São considerados carcinomas de endométrio do tipo 2: o carcinoma papilar seroso, o carcinoma de células claras, o carcinoma indiferenciado e o carcinoma endometrial grau 3.
Sintomas e tratamento
90% dos casos diagnosticados do câncer de endométrio estão relacionados a um sangramento vaginal irregular. Geralmente, ocorrem entre os intervalos das menstruações ou após a menopausa. Também sofrem alteração no fluxo, apresentando-se de forma mais intensa. Podem vir acompanhados ou não de corrimento, quando aparecem no período pós-menopausa. Quando a doença já está avançada pode haver perda de peso e dores na pelve.
O tratamento padrão do câncer de endométrio envolve a cirurgia para extração do tumor. Ao fazer o estadiamento, verifica-se a necessidade de terapias adicionais. Em casos mais avançados pode ser indicado radioterapia após o procedimento. A melhor abordagem será decidida entre o oncologista e o paciente, levando em consideração o estágio do câncer e a saúde geral do paciente.
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