De acordo com dados do Ministério da Saúde brasileiro, o câncer de pele é o tumor de maior prevalência no Brasil e no mundo. Essa estatística mostra como é importante saber mais sobre a doença e as formas de prevenção.
No entanto, ao buscar por essas informações, é comum encontrar afirmações contraditórias e que levantam várias dúvidas sobre sua veracidade. Por isso, preparamos este post para desmistificar os principais mitos sobre o assunto.
1) Quanto maior o FPS, melhor o protetor solar.
Por mais estranho que pareça, trata-se de um mito. O fator de proteção solar (FPS) determina o tempo em que uma pessoa pode se expor ao sol de forma protegida. Porém, a afirmação é considerada falsa pela mínima diferença que existe entre os produtos.
Ainda, os protetores com FPS 30 oferecem proteção de 96% contra a radiação solar. Já aqueles com FPS 50, garantem 98% e os de FPS 100 oferecem 99%. Por isso, se o produto com FPS 30 for aplicado corretamente, a proteção oferecida já é suficiente.
2) O risco de adquirir um câncer de pele é maior no verão.
Verdade. Embora os raios solares continuem incidindo sobre a pele nos dias nublados, é no verão que o Índice Ultravioleta (IUV) registra os maiores níveis de radiação. Assim, quanto maior o índice, maiores as chances de lesionar a pele e, consequentemente, desenvolver um câncer.
3) Pessoas com pele, olhos e cabelos claros estão mais suscetíveis ao câncer.
Mais uma verdade. Na população com menor pigmentação na pele há uma maior incidência dos casos de câncer, principalmente o carcinoma basocelular. Isso porque possuem menor proteção contra as radiações UV.
4) Não é necessário usar protetor solar na sombra ou embaixo do guarda-sol.
Mito. Nem a sombra e nem o guarda-sol são suficientes para nos manter protegidos dos raios ultravioletas. O correto é aplicar o protetor solar em todo tempo que estiver exposto ao sol. Nas praias ou mares, a areia e a água refletem a radiação solar, fora da proteção do guarda-sol ou da sombra.
5) O câncer de pele é hereditário.
Verdade. Embora seja raro, existe uma pequena parcela de casos que têm como origem as alterações genéticas hereditárias. Por isso, o histórico familiar é considerado um fator de risco para esse tipo de câncer.
6) Quanto mais tempo no sol, maior a absorção de vitamina D.
Um mito muito comum e que costuma ser utilizado como desculpa para permanecer por longos períodos exposto ao sol. Na verdade, bastam apenas 10 minutos de banho de sol nos horários de pico para suprir as demandas do corpo para esse nutriente.
Ademais, nosso organismo tem um limite para absorção de vitamina D e, quando extrapolado, pode provocar graves efeitos colaterais, tais como, perda de apetite, irritabilidade, cálculo e insuficiência renal.
Então, após a leitura deste post, você já sabe identificar quais são alguns dos vários mitos e verdades que circulam sobre o câncer de pele.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!