Segundo o Ministério da Saúde, alguns tipos de HPV são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo uterino no mundo. Essa estatística comprova a relação próxima que existe entre a infecção causada por esse vírus e o câncer ginecológico.
Quer saber mais? Neste post, você vai entender mais sobre o HPV e sobre as razões que o faz ser um dos principais agentes causadores desse tipo de neoplasia.
O que é o HPV?
Trata-se de um vírus que é capaz de infectar a pele ou as mucosas do corpo, provocando verrugas na região genital e no ânus, sendo uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Essa microrganismo pode contaminar tanto homens quanto mulheres de qualquer idade.
Ainda, o Papilomavírus Humano (HPV) é transmitido através da relação sexual, seja ela vaginal, anal ou oral. Além disso, costuma ser silencioso e de lenta progressão, manifestando sintomas apenas quando a infecção está em estágio avançado.
Ademais, existem mais de 150 tipos diferentes desse vírus, sendo 13 deles considerados oncogênicos, ou seja, apresentam maior risco de provocar lesões cancerígenas. Entre os tipos de cânceres ginecológicos que pode contribuir para o desenvolvimento estão o de colo de útero, vagina e de vulva.
Como se explica a relação entre o HPV e o câncer ginecológico?
O Papilomavírus Humano é classificado de acordo com o risco de desenvolvimento de câncer. Existem 12 tipos que são considerados de alto risco e, por isso, possuem maior probabilidade de persistir e estar associado a lesões pré-cancerígenas.
Ainda, os tipos 16 e 18 são responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero, de vagina e de vulva. Geralmente, essa maior incidência está associada à prática de sexo oral.
Apesar de ser uma infecção transitória e que costuma regredir espontaneamente na maioria das vezes, na minoria dos casos e quando não tratada, pode persistir e progredir para um tipo de câncer.
Como é o tratamento dessa infecção?
O tratamento oferece resultados satisfatórios quando as lesões causadas pelo HPV são identificadas e tratadas precocemente. Na maioria dos casos, a alternativa mais eficaz é a destruição das verrugas, quando não desaparecem espontaneamente.
Ainda, o tratamento é individualizado, ou seja, varia de acordo com cada paciente, a extensão, quantidade e localização das lesões. Para isso, podem ser utilizados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) ou medicamentos que fortalecem o sistema imunológico.
Como prevenir?
A medida mais eficaz de prevenção ao Papilomavírus Humano é manter a vacinação contra esse vírus em dia. No entanto, cabe lembrar que essa é uma forma de prevenir, não de tratar um quadro já existente.
Ademais, é possível realizar um exame ginecológico preventivo chamado de papanicolau que ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero. Embora não identifique o vírus, é a melhor forma de detectar a presença de tumores e lesões pré-cancerígenas na região.
Por fim, o uso de preservativos em todo tipo de relação sexual é uma medida de prevenção tão importante quanto as outras, sendo a camisinha feminina mais eficaz para evitar o contágio.
Portanto, após a leitura deste post, você entendeu a relação entre o câncer ginecológico e o vírus HPV, além de conhecer as possibilidades de tratamento e as melhores formas de prevenir o contágio.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!