Carcinoma espinocelular: você sabe o que é? Também chamado de carcinoma de células escamosas, é um dos tipos de câncer de pele que conhecemos.
Costumeiramente, a doença atinge áreas do corpo que são frequentemente expostas ao sol, como o rosto, o pescoço, os lábios, as orelhas, as mãos. Há casos em que a enfermidade tem início em feridas crônicas de pele ou em queratoses actínicas.
Nos próximos tópicos, falaremos um pouco mais sobre os sintomas, fatores de risco e possíveis tratamentos do carcinoma espinocelular. Confira.
Carcinoma espinocelular: fatores de risco
Como já comentamos, é um tipo de câncer de pele que tem como fator de risco a exposição frequente e desprotegida aos raios UV. Para evitar isso, é importante não se expor ao sol durante os horários mais quentes – entre dez da manhã e duas da tarde – e sempre utilizar protetor solar.
Existem outras circunstâncias, porém, que podem favorecer o aparecimento do câncer de pele espinocelular. São estas:
- Diagnóstico para xeroderma pigmentoso, uma condição rara e hereditária causada por alterações em uma enzima específica, que é responsável pela reparação de danos do DNA;
- Infecção por alguns tipos de vírus do papiloma humano (HPV);
- Bronzeamento artificial frequente;
- Contato com substâncias químicas, como o arsênio, que pode estar presente em medicamentos, pesticidas e agrotóxicos;
- Tabagismo;
- Problemas no sistema imunológico, como os causados pela infecção com o vírus HIV.
Quais são os sintomas do carcinoma espinocelular?
Os sintomas principais são o surgimento de verrugas que têm rápida evolução, além de manchas de aparência escamosa, avermelhadas, com bordas irregulares e que sangram.
Vale ficar atento também a ferimentos que não cicatrizam ou que demoram mais de quatro semanas para fechar, lesões com superfície áspera, modificação no aspecto de pintas e cicatrizes (que podem mudar de tamanho “do nada”).
Diagnóstico e tratamento
Por mais que o autoexame seja estimulado, já que ajuda na identificação precoce de diversos problemas de saúde, ele é apenas o primeiro passo. O paciente que perceber algo atípico deve entrar em contato com um dermatologista de confiança.
O especialista, além de avaliar as lesões de forma física, irá analisar o histórico clínico e familiar do paciente. Não é incomum que, para avaliar as manchas de forma detalhada, o clínico utilize uma lente de aumento específica, o dermatoscópio.
Os médicos também verificam se os gânglios linfáticos estão aumentados, porque tal situação pode indicar que o carcinoma espinocelular está afetando outras estruturas do corpo (ou seja, está em processo de metástase). Caso identifique algo, o doutor poderá solicitar uma biópsia.
O tratamento varia de acordo com o estado da lesão, a localização e o tamanho do tumor.
Em muitos casos, porém, a cirurgia é a primeira opção: por meio dela, o médico pode tentar conter a evolução da doença (já que o carcinoma espinocelular pode se espalhar depressa) e fazer a retirada das partes comprometidas.
A utilização de medicamentos tópicos ou orais também pode acontecer. Isso, como sempre, depende da avaliação do oncologista e de sua percepção sobre o melhor caminho a ser seguido naquele caso específico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!