De acordo com estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele registra, a cada ano, 185 mil novos casos. Entre os tipos mais perigosos dessa doença está o melanoma amelanótico. Você já ouviu falar nele?
Provavelmente não, pois trata-se de uma versão rara do câncer de pele e pouco conhecida pela população. Então, se deseja saber mais, continue a leitura deste post.
Saiba mais sobre o melanoma amelanótico
O surgimento de um câncer melanoma se dá pelos melanócitos, células que produzem um pigmento escuro que é responsável pela cor da pele, mais conhecido como melanina. Por isso, na maioria dos casos, essa doença se manifesta a partir de pintas com coloração escura.
No entanto, existem outros tipos de melanomas menos comuns que não produzem melanina, pois as lesões não contam com altas concentrações dessa substância e, portanto, não possuem coloração escurecida.
Ainda, esse tipo de câncer de pele é chamado de melanoma amelanótico. Por se diferenciarem do padrão, é uma doença de diagnóstico mais complexo. Por isso, é preciso estar atento a todo tipo de sinal que surge na pele.
Ademais, esse tipo de melanoma hipopigmentado é mais comum em pacientes com pele do tipo I e que sofra danos crônicos pela exposição ao sol. Dessa forma, costuma se desenvolver em locais mais afetados pelos raios solares, como as mãos, face, pescoço e parte superior do braço.
Quais são os sintomas?
O melanoma amelanótico se caracteriza pela ausência de pigmento. Com isso, pode se manifestar como manchas de cor avermelhada (mácula eritematosa), placas de coloração mais clara ou mesma tonalidade da pele, ou como lesões pápulo-nodulares. Além disso, essas manchas e lesões podem conter prurido ou sangramento.
Porém, esse tipo de câncer possui uma grande gama de apresentações clínicas, mas todas podem apresentar áreas hipo ou acrômicas. De modo geral, ocorre mais frequentemente em áreas expostas ao sol, principalmente em pacientes acima dos 60 anos, com sinais de envelhecimento acentuado da pele.
Como é o diagnóstico?
Todos os quatro tipos clássicos de câncer melanoma podem se apresentar sob a forma amelanótica. O melanoma amelanótico verdadeiro é raro, representando cerca de 2 a 8% dos casos.
Nesses casos, o critério mais importante para o diagnóstico é o padrão vascular. Isso porque as lesões provocadas por esse tumor costumam se manifestar como glóbulos, vasos puntiformes e lineares irregulares.
Ademais, para confirmar o quadro, o médico poderá utilizar-se de técnicas de colorações especiais e imunohistoquímicas. Contudo, a ausência de pigmentação pode atrasar o diagnóstico em até 13 meses.
Como é o tratamento?
O tratamento do melanoma amelanótico é semelhante ao de outras formas de manifestação. A alternativa primária é a remoção cirúrgica. Quanto mais espessa a lesão, maior a margem exigida e mais radical será a cirurgia.
Entretanto, o tratamento pode variar de acordo com o estágio da doença, local do tumor e do estado de saúde do paciente. Outras opções além da cirurgia são a dissecção de linfonodo, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo.
Enfim, o câncer de pele do tipo melanoma amelanótico é de difícil diagnóstico e exige a atenção do paciente com o surgimento de lesões anormais na sua pele. Caso perceba algo suspeito, converse com seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!