Como é a vida após a retirada do útero?

Em função de doenças agressivas e tumores malignos, muitas mulheres se veem na necessidade de retirar o útero. No entanto, ainda existem diversas dúvidas sobre como será a vida após a histerectomia.

Você já ouviu falar nesse procedimento? Sabe quando ele é indicado? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, conheça tudo o que você precisa sobre o assunto.

O que é a histerectomia?

Trata-se da cirurgia de remoção do útero realizada tanto em quadros avançados de uma doença quanto como ação preventiva. Além disso, é o segundo tipo de intervenção cirúrgica mais realizada no mundo, perdendo apenas para a apendicectomia.

Ainda, a histerectomia pode ser realizada de forma total, quando retira-se o útero e o colo do útero, ou parcial, quando o cirurgião remove apenas a parte superior do órgão. Em situações graves, pode ser necessário retirar também os tecidos e ligamentos adjacentes e a parte superior da vagina.

Quando é indicada?

A retirada do útero é uma decisão pautada por diversos fatores, tais como, a doença em si, a resposta aos tratamentos convencionais, a idade da paciente, o seu estado de saúde e o planejamento familiar.

De modo geral, a histerectomia é indicada para o tratamento de miomas grandes, endometriose, câncer ginecológico, prolapso uterino, sangramento vaginal anormal e dor pélvica crônica que não melhora com outros tratamentos.

No entanto, a indicação cirúrgica é individualizada e deve considerar as expectativas e necessidades de cada paciente, além da doença e sua evolução clínica. A decisão pela retirada do órgão precisa ser partilhada entre médico e paciente, salvo situações emergenciais.

Quais as consequências da retirada do útero?

Com a remoção do útero, o corpo da mulher sofre alterações que influenciam sua saúde física e mental. A recuperação cirúrgica leva em torno de oito semanas, mas o procedimento pode deixar sequelas por mais tempo.

Ainda, no que se refere à menstruação, a histerectomia faz com que a mulher deixe de apresentar sangramento vaginal, mas o ciclo menstrual permanece. Quando há a remoção dos ovários, podem surgir sintomas de menopausa, tais como, ondas de calor e excesso de suor.

Ademais, a realização do procedimento também impacta na atividade sexual da paciente. Isso porque há uma diminuição na lubrificação vaginal, fazendo com que a mulher sinta menos desejo de ter relações sexuais. Porém, a situação inversa também pode ocorrer, pois, não há dor durante o contato íntimo.

Outrossim, a retirada do útero costuma afetar as emoções das pacientes, fazendo com que se sintam menos femininas. Nesses casos, recomenda-se o acompanhamento de um psicólogo para que a mulher aprenda a identificar suas emoções e evitar o início de uma depressão.

Por fim, durante a recuperação, a paciente precisa manter limpa e seca a região operada e evitar esforços físicos nos primeiros três meses após o procedimento. Além disso, é necessário aguardar a recomendação médica para retornar às atividades diárias.

Portanto, com a leitura deste post, você conheceu as principais consequências da retirada do útero para a qualidade de vida das pacientes. Entretanto, o procedimento só é indicado em casos graves e quando é o último recurso de tratamento.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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