O câncer de colo de útero é o quarto tipo de tumor maligno mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, de mama e do colorretal. Além disso, é também a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Ao olhar essas estatísticas, percebemos a gravidade desta neoplasia e o grande número de diagnósticos no país. Por isso, você precisa conhecer tudo o que há de mais importante sobre essa doença.
O que é o câncer de colo de útero?
Trata-se de um tipo de tumor maligno que surge na parte inferior do útero, local onde ele se conecta com a vagina e que se expande para a saída do bebê ao final da gestação. O câncer de colo de útero costuma se manifestar de duas formas:
- adenocarcinomas: tipo de tumor maligno menos frequente que se origina no epitélio da parte interna do colo de útero, chamada de endocérvice;
- células escamosas: forma mais comum do câncer de colo de útero que se desenvolve no epitélio escamoso que reveste a ectocérvice.
Além desses, existem outros tipos menos frequentes deste câncer, tais como, carcinoma adenoescamoso e o tumor neuroendócrino. Ademais, antes dos tumores de colo de útero se tornarem malignos, eles passam por uma fase de pré-malignidade chamada de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC).
Outrossim, com os avanços na medicina diagnóstica, os índices desta doença estão diminuindo. Da mesma forma, as estatísticas apontam para um crescimento no número de diagnósticos de lesões que ainda estão restritas ao colo e, por isso, não desenvolveram características de malignidade.
Quais são os sintomas?
O câncer de colo de útero se desenvolve lentamente e não apresenta sintomas em estágio inicial. Apenas nos casos mais avançados, os pacientes podem apresentar sangramento vaginal intermitente ou após as relações sexuais, dor abdominal associada a desconforto urinario ou intestinal e secreção vaginal anormal.
Quais são os fatores de risco?
Na maioria dos casos, o surgimento de um tumor maligno no colo de útero está relacionado a uma mutação genética nas células da região que se proliferam rapidamente. Essa multiplicação descontrolada pode ser causada pela presença do Papilomavírus Humano (HPV).
Ademais, existem também outros fatores que aumentam a predisposição de uma pessoa para o desenvolvimento da doença. São eles:
- início precoce da atividade sexual;
- grande número de parceiros sexuais;
- diagnóstico de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST);
- pessoas com o sistema imunológico enfraquecido;
- tabagismo;
- uso contínuo de anticoncepcionais ou de DIU;
- histórico familiar de câncer de colo de útero ou de mais de três gestações.
Como é o tratamento?
O tratamento desta doença varia de acordo com a sua origem e o agente causador. Quando está relacionada com o HPV, é possível debelar sua ação através de um tratamento médico específico.
Caso não seja possível controlar a infecção, o objetivo do tratamento será retirar ou destruir as lesões pré-malignas. Se já for constatada a malignidade, além da cirurgia, pode ser necessário realizar a quimioterapia e/ou a radioterapia.
Enfim, o câncer de colo de útero é uma doença com grandes chances de cura, desde que tratada precocemente. Para isso, é necessário realizar os exames preventivos periodicamente e estar atenta à presença de alguma anormalidade no corpo.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!