Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer ginecológico é responsável pela morte de uma mulher a cada 1 hora no Brasil. Os cânceres de colo de útero, ovário, endométrio, vulva e vagina se enquadram nessa categoria.
Embora não tenham uma causa específica, estão relacionados a diversos fatores de risco, que aumentam as chances de uma pessoa desenvolvê-los. Quer saber mais sobre eles? Então, continue a leitura.
Câncer ginecológico: fatores de risco
A seguir, conheça alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer ginecológico.
1) Infecção por HPV
A infecção pelo Papilomavírus humano é o principal fator de risco para o câncer ginecológico, em especial o de colo de útero. Esse tipo de infecção é muito comum, ocorrendo em cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas.
Contudo, essa condição não é suficiente e nem determinante para o desenvolvimento desta neoplasia maligna. Geralmente, é transitória e regride espontaneamente em até dois anos. Apenas em uma pequena parcela de casos, a infecção persiste.
Nessas situações, pode ocasionar o surgimento de lesões pré-cancerígenas. Esses quadros costumam ser causados pelos subtipos oncogênicos do HPV, especialmente o HPV-16 e o HPV-18. No entanto, a identificação precoce da doença e a realização do tratamento adequado permite a prevenção da progressão para o câncer.
2) Histórico sexual
O câncer ginecológico também tem o histórico sexual como um dos seus fatores de risco. Na maioria dos casos, está diretamente relacionado à maior probabilidade de desenvolver a infecção pelo HPV.
Entre os principais comportamentos que elevam o risco para o câncer, estão: se tornar sexualmente ativo antes dos 18 anos, ter múltiplos parceiros sexuais ou ter um parceiro sexual com infecção pelo HPV ou que tenha muitos outros parceiros.
3) Infecção por clamídia
A clamídia é uma doença causada por uma família de bactérias muito comum que pode ser transmitida pelo contato sexual, infectando todo o sistema reprodutivo do paciente. Quando não tratada, a clamídia pode causar infertilidade ou até evoluir para um câncer.
4) Múltiplas gestações
Embora não seja uma patologia, as múltiplas gestações aumentam o risco de desenvolver o câncer de colo de útero, principalmente a partir do terceiro filho. Isso porque, é comum que essas mulheres tenham mais chances de ter a infecção pelo HPV.
Ademais, acredita-se que as alterações hormonais provocadas pela gravidez possam tornar as mulheres mais propensas ao desenvolvimento do câncer, seja em função do Papilomavírus humano ou pelo enfraquecimento do sistema imunológico.
5) Histórico familiar de câncer ginecológico
Entre os fatores de risco que não podem ser alterados está o histórico familiar. As mulheres com parentes de primeiro grau diagnosticados com câncer ginecológico têm um risco maior de desenvolver o quadro, quando comparadas àquelas que não têm casos da doença na família.
Em algumas situações, essa tendência familiar é explicada por uma condição hereditária que faz com que as mulheres sejam menos capazes de combater o HPV. Além disso, há maior predisposição genética para desenvolver a neoplasia maligna.
Enfim, como você pode perceber, existem diversos fatores de risco que podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver o câncer ginecológico. Assim, caso se enquadre em algum deles, converse com seu médico sobre a necessidade de rastrear a doença.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!