O câncer de ovário é uma das neoplasias ginecológicas mais difíceis de serem diagnosticadas precocemente, em função da ausência de sintomas em estágio inicial. Por isso, a cirurgia de retirada do ovário costuma ser a principal forma de tratar essa doença.
Você já ouviu falar na ooforectomia? Sabe quando ela é indicada? Então, não deixe de ler este post. A seguir, explicaremos os principais pontos relacionados a esse procedimento.
O que é a ooforectomia?
Trata-se da cirurgia realizada para a remoção do ovário, podendo ser unilateral ou bilateral. Na grande maioria dos casos, o procedimento é feito quando há risco de desenvolvimento do câncer de ovário.
Ainda, a ooforectomia é uma intervenção radical, pois os ovários são duas glândulas sexuais de extrema importância para o aparelho reprodutor feminino. Ademais, são eles que liberam o óvulo amadurecido durante cada ciclo menstrual e produzem os hormônios femininos.
Assim, é fundamental a avaliação detalhada e individual da paciente para a indicação cirúrgica. Por isso, o procedimento é recomendável, de acordo com a alteração percebida através de exames e avaliação ginecológica. Conheça também 3 tipos de tumores no ovário.
Quando é indicada?
A cirurgia de retirada do ovário é indicada quando não há outra alternativa disponível para o tratamento de uma doença que afete esses órgãos. Assim, a ooforectomia costuma ser recomendada nas seguintes situações:
- abscesso tubo-ovariano;
- câncer de ovário;
- dor pélvica crônica;
- cistos ou tumores no ovário;
- endometriose ovariana severe;
- torção do ovário.
Ademais, a paciente pode receber a indicação cirúrgica para prevenir o desenvolvimento de um tumor no ovário, chamada de ooforectomia profilática. Desse modo, esse caso é mais comum em mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2.
Como é a recuperação após a retirada do ovário?
Quando a ooforectomia é realizada por via laparoscópica, a recuperação tende a ser tranquila, sem grandes complicações. Além disso, no que se refere a vida da mulher após a cirurgia unilateral, é fundamental que ela faça acompanhamento médico.
Assim, será possível avaliar se os níveis hormonais estão no esperado ou se será necessário realizar a terapia de reposição, necessária se houver o desejo de engravidar. Caso o procedimento retire os dois ovários, a produção hormonal é comprometida imediatamente.
Nesse processo de transição, é comum que a mulher tenha uma redução da libido, que os sintomas da menopausa se intensifiquem, que haja um maior risco de fraturas e maior predisposição para desenvolver doenças cardiovasculares.
Quais as complicações da retirada do ovário?
A ocorrência de complicações após a cirurgia não é comum. Sendo assim, quando ocorrem, costumam ser temporárias e a paciente precisa buscar assistência médica. Entre os problemas mais comuns no pós-operatório, estão:
- tosse, dor no peito, náuseas, febre, vômitos e falta de ar;
- dificuldade em urinar;
- febre e calafrios;
- vermelhidão, sangramento excessivo no local da operação, dor e inchaço;
- corrimento vaginal;
- dor intensa.
Portanto, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre a ooforectomia e também entendeu como é a vida após a retirada do ovário. Em suma, os benefícios e riscos da cirurgia devem ser discutidos com o ginecologista. Então, leia também o meu artigo sobre os fatores de risco para câncer ginecológico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Então, leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!