De acordo com levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, atrás apenas da neoplasia de colo de útero. Por isso, é de extrema importância conhecer mais sobre as causas dessa doença.
Neste sentido, preparamos este post para listar as principais condições e fatores de risco associados ao desenvolvimento deste tumor maligno nos ovários. Se quiser saber mais sobre o assunto, continue a leitura.
O que é o câncer de ovário?
Durante muitos anos, acreditava-se que o câncer de ovário se desenvolvesse apenas nesse órgão. Contudo, estudos recentes indicam que boa parte desses tumores podem surgir nas células distais das trompas de Falópio.
Ainda, essa neoplasia é considerada a de mais difícil diagnóstico, pois a maioria dos tumores só se manifesta em estágio avançado. De forma geral, existem três principais tipos de tumores de ovário: tumores estromais, epiteliais ou tumores de células germinativas.
Geralmente, esses tumores são benignos e não alcançam outros órgãos, permanecendo nos ovários. Por outro lado, quanto apresentam traços de malignidade, podem se disseminar pelo corpo.
Ademais, o câncer de ovário pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais recorrente a partir dos 40 anos. Porém, é uma neoplasia de progressão lenta e que raramente provoca sintomas perceptíveis.
Quais as causas?
As causas para o câncer de ovário ainda não são conhecidas. Porém, acredita-se que a presença de alguns fatores de risco tornam a paciente mais propensa a desenvolver o tipo epitelial.
Um desses fatores é a alteração genética hereditária, especialmente aquelas relacionadas aos genes BRCA1 e BRCA2. Outras síndromes genéticas associadas a esse câncer são a síndrome de Peutz-Jeghers, polipose e hamartoma.
Além disso, a exposição às radiações ou substâncias químicas cancerígenas durante a vida pode contribuir para o desenvolvimento de alterações no DNA e, consequentemente, favorecer o desenvolvimento de um câncer de ovário. Outros fatores de risco conhecidos são:
- ter mais de 40 anos, principalmente se a mulher já passou pela menopausa;
- ter o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 (obesidade);
- nascimento do primeiro filho após os 35 anos é um fator de risco;
- tratamento para fertilidade com fertilização in vitro;
- fazer terapia hormonal após a menopausa;
- histórico familiar de câncer de mama, colorretal ou do próprio câncer de ovário;
- histórico pessoal de câncer de mama;
- alimentação rica em gorduras e pobre em vegetais.
Por outro lado, alguns fatores reduzem o risco do desenvolvimento dessa doença, tais como, uso de pílulas anticoncepcionais, gravidez antes dos 30 anos, laqueadura e histerectomia.
Quais são os sintomas?
O câncer de ovário apresenta sintomas que são difíceis de diagnosticar. Isso porque são facilmente confundidos com outras doenças e distúrbios, como, por exemplo, dor pélvica ou abdominal, inchaço, vontade frequente e urgente de urinar, fadiga, dor estomacal, constipação, alterações menstruais, dor nas costas ou após a relação sexual, perda de apetite e de peso.
Enfim, como você pode perceber, o câncer de ovário é uma doença complexa e que pode ter relação com diversos fatores. Por isso, é de extrema importância manter o acompanhamento com um ginecologista e fazer periodicamente os exames.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!