No Brasil, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Neste post, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito desta neoplasia maligna, desde causas e sintomas até alternativas de tratamento. Então, se tem interesse no tema, recomendamos a leitura do post.
O que é câncer de pâncreas?
Trata-se de uma doença que se caracteriza pela presença de células tumorais no pâncreas. Por ser de difícil diagnóstico, apresenta um índice de mortalidade quase semelhante ao índice de incidência.
Ainda, o câncer de pâncreas pode se manifestar de diferentes formas. O tipo mais comum é o adenocarcinoma que se desenvolve no tecido glandular, representando cerca de 90% dos casos diagnosticados.
Ademais, o pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, localizado na parte superior do abdome e atrás do estômago. A sua principal função é a produção de enzimas que atuam na digestão dos alimentos e do hormônio insulina, responsável pela diminuição do nível de glicose no sangue.
Esse órgão é dividido em três partes: cabeça, corpo e cauda. A maioria absoluta dos casos de câncer de pâncreas estão localizados na região da cabeça. Em função da dificuldade de diagnóstico precoce, a doença é comumente descoberta em fase avançada.
Quais os sintomas mais comuns?
A presença de um câncer no pâncreas pode provocar o aparecimento de sintomas em diferentes partes do corpo. Geralmente, o primeiro deles é a icterícia, que é o amarelamento dos olhos e da pele. Outros sinais recorrentes são:
- coceira na pele: quando a bilirrubina se acumula na pele pode causar coceira;
- urina escura: decorrente da icterícia, a urina ganha a coloração da bilirrubina, ficando escurecida;
- fezes de cor clara ou oleosa: quando o ducto biliar está obstruído, as fezes mudam de cor, passando a ser de cor clara ou acinzentada. Além disso, se as enzimas biliares e pancreáticas não chegam aos intestinos, as fezes ficam gordurosas;
- dor abdominal ou nas costas: o crescimento do tumor comprime os órgãos vizinhos, causando dor.
Outros sintomas frequentemente associados ao câncer de pâncreas são: náuseas e vômitos, aumento da vesícula biliar ou do fígado e coágulos sanguíneos. Essa neoplasia pode até provocar o desenvolvimento do diabetes.
Quais os fatores de risco?
Embora o câncer não tenha causas esclarecidas, existem uma série de fatores de risco que podem favorecer o surgimento de um tumor no pâncreas. Os mais comuns são: alterações genéticas, síndrome de Peutz-Jeghers ou de pancreatite hereditária, tabagismo, obesidade, diabetes mellitus, exposição a substâncias químicas ou pancreatite crônica.
Como é o tratamento?
Quando descoberto o estágio inicial, o câncer de pâncreas tem chances de cura. Caso a cirurgia seja uma opção, o procedimento mais indicado é a ressecção do tumor. Em alguns casos, a quimioterapia e a radioterapia podem ser associadas ou não ao tratamento.
Ainda, a escolha do tratamento depende do tipo do tumor, da avaliação clínica do paciente, do estadiamento do tumor e dos resultados dos exames. Como a doença dificilmente é diagnosticada em fase inicial, a cirurgia raramente é indicada.
Então, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre o câncer de pâncreas, seus sintomas, causas e tratamentos. Portanto, a melhor forma de diagnosticar precocemente a doença é mantendo uma rotina de exames periódicos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!