O câncer no ovário é considerado uma das doenças mais perigosas que acometem as mulheres. Isso porque é silencioso e os primeiros sintomas só surgem quando o tumor já está em estágio avançado.
Quer saber mais sobre os fatores que contribuem para o desenvolvimento dessa condição? Então, recomendamos a leitura deste artigo. A seguir, listamos aqueles que são considerados como mais importantes.
1) Histórico de câncer de mama
Iniciando pelos fatores não modificáveis, o histórico familiar ou pessoal de câncer de mama tem grande influência no desenvolvimento do câncer de ovário. Essa relação existe quando há alterações genéticas em mulheres jovens, abaixo dos 40 anos.
Neste sentido, quando há uma suspeita por essa modificação nos genes, é importante que a paciente seja avaliada por uma equipe multidisciplinar composta de médico, psicólogo e geneticista.
2) Síndromes genéticas
As síndromes genéticas estão por trás do desenvolvimento da doença em cerca de 10% dos diagnósticos de câncer de ovário, especialmente aquelas associadas aos genes responsáveis pelo controle da divisão celular (BRCA1 e BRCA2).
Isso ocorre porque, em função dessa mutação, os genes não atuam corretamente e as células ficam mais expostas ao risco de transformações malignas. Além disso, a síndrome de Lynch II também é um fator de risco, sendo responsável em cerca de 10% dos casos.
3) Infecção por Papilomavírus humano (HPV)
Conhecido por ser um dos principais fatores para o câncer de colo de útero, o HPV também está associado ao câncer de ovário. No entanto, nem todos os tipos desse vírus são capazes de provocar o desenvolvimento de um tumor, sendo apenas as versões 16 e 18.
Estima-se que até 80% das mulheres infectadas eliminam o HPV espontaneamente em até 2 anos. Contudo, para não arriscar é preciso se submeter a exames de rotina que identificam alterações no aparelho reprodutor feminino.
Ainda, o problema ocorre quando o DNA do HPV se mistura com o da célula, iniciando a fabricação de proteínas que anulam a função de outros genes responsáveis por alertar o organismo sobre células defeituosas. Com isso, ela se multiplica e forma um tumor.
4) Alimentação de baixa qualidade nutricional
Embora seja um fator de risco ainda em estudo, é relevante mencionar que acredita-se que haja uma forte relação entre o câncer de ovário e uma alimentação de baixa qualidade nutricional.
Neste sentido, recomenda-se que as mulheres, principalmente aquelas com algum risco já conhecido, mantenham uma dieta saudável, rica em vegetais, fibras e vitaminas, e pobre em gorduras e açúcares.
5) Terapia de reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal é necessária para as mulheres que entraram na menopausa, pois aliviam os sintomas e desconfortos desse período. Contudo, esse tratamento é um importante fator de risco para alguns tumores ginecológicos que são induzidos pela exposição ao estrogênio.
6) Idade avançada
A idade exerce grande influência no desenvolvimento de um tumor maligno em qualquer parte do corpo. No caso do câncer de ovário, o risco é maior após a menopausa, principalmente entre mulheres com mais de 63 anos.
Enfim, o câncer de ovário é uma doença séria e que merece atenção. Se você se identificou com algum dos fatores de risco mencionados, converse com seu médico para que ele avalie o risco e a necessidade de rastreamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!