Fertilidade e preservação da fertilidade em pacientes com câncer ginecológico

O câncer ginecológico é uma condição que afeta o sistema reprodutivo feminino. O diagnóstico de câncer ginecológico pode ser devastador para uma mulher, pois além dos desafios físicos e emocionais enfrentados durante o tratamento, há também preocupações relacionadas à fertilidade e à capacidade de ter filhos no futuro.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste texto, abordaremos a importância da fertilidade e discutiremos as opções de preservação da fertilidade disponíveis para pacientes com câncer ginecológico. Continue a leitura!

Entendendo mais sobre o câncer ginecológico

O câncer ginecológico é um termo abrangente que engloba diferentes tipos de câncer que se desenvolvem nos órgãos reprodutivos femininos. Esses tipos de câncer podem surgir nos ovários, útero, colo do útero, vulva ou vagina. Cada um desses tipos de câncer têm o potencial de afetar a fertilidade da mulher.

A importância da fertilidade

A fertilidade é um aspecto importante para muitas mulheres, pois está relacionada à capacidade de conceber e dar à luz um filho. O diagnóstico de câncer ginecológico e os tratamentos associados, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, podem causar danos ao sistema reprodutivo feminino. 

Dependendo do estágio e da extensão do câncer, a remoção de órgãos reprodutivos ou a destruição das células reprodutivas pode ser necessária para tratar a doença. Isso pode levar à infertilidade ou à diminuição da reserva ovariana, tornando difícil para as mulheres engravidarem após o tratamento.

Como preservar a fertilidade em pacientes com câncer ginecológico?

Existem várias opções de preservação da fertilidade disponíveis para pacientes com câncer ginecológico. Devem ser discutidas com a paciente antes do tratamento, pois a janela de oportunidade para preservar a fertilidade pode ser limitada. Veja a seguir algumas das opções mais comuns:

  • Criopreservação de óvulos:

A criopreservação de óvulos, também conhecida como vitrificação de óvulos, é um método que envolve a coleta de óvulos maduros antes do início do tratamento do câncer. Esses óvulos são então congelados e armazenados para uso futuro. Após a remissão do câncer, a mulher pode optar por utilizar esses óvulos por meio de fertilização in vitro (FIV).

  • Transposição de ovários:

A transposição de ovários é uma técnica cirúrgica na qual os ovários são movidos para uma posição fora da área a ser irradiada durante a radioterapia pélvica. Isso ajuda a preservar a função ovariana e reduzir o risco de danos à reserva ovariana. Essa opção é mais viável para pacientes que precisam passar por radioterapia.

  • Supressão ovariana temporária:

A supressão ovariana temporária envolve o uso de medicamentos que inibem temporariamente a função ovariana durante o tratamento do câncer. Isso pode ajudar a proteger os ovários dos efeitos tóxicos da quimioterapia, preservando a reserva ovariana e a fertilidade. Após o tratamento, a função ovariana geralmente retorna ao normal.

Por fim, vale ressaltar que nem todas as opções de preservação da fertilidade são adequadas para todos os pacientes. A escolha da melhor opção depende de vários fatores, como idade, tipo de câncer, estágio da doença, plano de tratamento e preferências individuais da paciente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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