As especialidades de oncologia clínica e oncologia cirúrgica são novas no que diz respeito ao reconhecimento do Conselho Federal de Medicina e já possuem um programa de residência médica de três anos para médicos com pré-requisito de 2 anos de residência médica em Clínica Médica e Cirurgia Geral respectivamente. Elas surgiram a partir da demanda dos serviços oncológicos no Brasil, que necessitam de atendimento específico tanto na área clínica quanto cirúrgica.
Os números foram definitivos para essas especialidades, já que, em apenas um ano, entre 2016 e 2017, houve 600 mil novos casos de câncer entre brasileiros. As mulheres encabeçam essa lista, com 60% dos casos contra 37% dos homens e 3% de crianças e adolescentes.
Os tipos mais comuns de câncer são os de pele, pulmão, intestino, estômago, boca e reto, nas mulheres há prevalência do câncer de mama, intestino e colo do útero e nos homens do da próstata.
O que é a oncologia clínica e a oncologia cirúrgica
A oncologia é uma especialidade médica que lida com o câncer. Ela identifica o tumor e seu tipo, o estágio e a melhor forma de tratamento, que pode incluir a radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
O câncer é uma doença que ocorre a partir do surgimento de um tumor em alguma parte do organismo. Esse tumor acontece por uma deficiência celular, que gera células defeituosas e em grande quantidade, podendo ser uma manifestação benigna ou maligna.
Por ser considerada uma ciência bastante complexa, suas divisões visam atuar de forma mais eficaz em diversas etapas da doença. Assim, oncologia clínica foca na abordagem e no tratamento multidisciplinar do paciente, enquanto a oncologia cirúrgica visa ao procedimento cirúrgico específico, de várias modalidades de câncer.
Ambas as especialidades precisam tratar o paciente de forma individual, já que cada um tem suas necessidades, possibilidades e reações. Tanto para a oncologia clínica quanto para a cirúrgica, há objetivos de tratamentos diferenciados, que são o curativo, a remissão de doença e os cuidados paliativos.
A aplicação prática das especialidades
O tratamento oncológico clínico curativo foca na cura da doença, usando as mais variadas formas de intervenção com esse objetivo. O paciente é examinado minuciosamente para que possa ser direcionado da forma mais objetiva possível.
Já na oncologia cirúrgica, há a retirada do tumor e da região do seu entorno, visando extirpar a sua malignidade. Ambas as especialidades devem estar interligadas, já que, após a cirurgia, a oncologia clínica fará um tratamento para evitar que novos focos de tumor possam surgir.
Para os casos mais evoluídos de câncer, que não permitem mais alcançar a cura, a oncologia clínica prepara e oferece ao paciente tratamentos que garantam a ele mais qualidade de vida, minimizando e retardando os efeitos da doença.
Na oncologia cirúrgica, é possível realizar procedimentos com o mesmo intuito, permitindo ao paciente ficar mais longe dos efeitos do câncer.
Nesses casos ainda, o oncologista clínico deve focar em controlar os sintomas da doença e também diminuir sua aceleração. O especialista prepara os familiares e os deixa mais aptos a lidarem com o paciente, aliviando também seus sofrimentos psicológicos.
Os cuidados paliativos também podem ser realizados com a oncologia cirúrgica. Atendendo as condições físicas do paciente, o médico pode realizar um procedimento cirúrgico para amenizar sintomas, ampliar a qualidade de vida e atenuar o avanço da doença.
Os especialistas devem se direcionar sempre para manter a qualidade de vida do paciente, independente do estágio da doença. Hoje, o foco não é apenas prolongar a sua vida, mas oferecer dignidade, sendo fundamental ao profissional manter a sensibilidade, o bom senso e a atenção às técnicas e inovações científicas da área.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!
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