Mais conhecido como câncer do estômago, o câncer gástrico é um dos mais populares tumores do trato gastrointestinal no Brasil. Em frequência, só perde para o câncer do cólon e do reto.
O público mais atingido por essa doença são as pessoas com mais de 65 anos, respondendo por dois terços dos casos. Quase 1% da população corre o risco de desenvolver a patologia, sendo a incidência em homens 50% maior que nas mulheres.
O câncer do estômago costuma ser assintomático em seu início, o que o torna uma doença perigosa. Alguns dos sinais apresentados se confundem com outros problemas gástricos. O problema maior é que as pessoas, nesses casos, não procuram atendimento médico. Esse é um dado desanimador, na medida em que o desenvolvimento da doença é lento, levando de dois a três anos.
Mesmo assim, devido ao caráter assintomático e à confusão com outras condições, muitos casos deixam de ser diagnosticados precocemente, o que dificulta o tratamento, principalmente porque, a partir de determinado estágio, o tumor passa a crescer rapidamente, formando úlceras na mucosa do estômago, penetrando no tecido e invadindo os órgãos vizinhos, como duodeno, esôfago, pâncreas, baço e duodeno.
Adenocarcinoma, linfoma e tumor gastrointestinal
O adenocarcinoma é o mais comum, respondendo por 90% dos casos. Surge nas células mais internas do estômago, a partir das quais se propaga. É um tumor maligno, que se inicia nas células glandulares epiteliais secretoras, e tem agressividade elevada, baixa expectativa de cura, além de contar com uma complicada cirurgia para remoção do estômago. É associado a fatores genéticos, tabagismo, tratamentos de reposição hormonal e deficiências na alimentação.
O linfoma corresponde a 4% dos casos e é um tipo de tumor que se origina nas células do sistema imunológico, causando sintomas como dor, febre e emagrecimento, decorrente da formação de caroços no estômago. Também é um tipo de câncer, na maioria dos casos, bastante agressivo.
O tumor gastrointestinal se inicia nas células da parede estomacal, podendo ser benigno ou maligno. É um tipo raro.
Sintomas do câncer gástrico
De acordo com a experiência médica, apenas 20% dos casos de tumor no estômago são diagnosticados precocemente.
Sendo assim, a melhor medida é procurar o médico regularmente para fazer exames de rotina. Inclusive, a recomendação é não considerar normais sintomas que pareçam não significar algo mais grave, o famoso “deixar para lá”. Diagnosticado precocemente, mesmo esse tipo agressivo de câncer tem boas chances de tratamento.
Confira os sintomas e fique atento:
- dor abdominal é um sintoma presente em aproximadamente 60% dos pacientes com esse tipo de câncer;
- perda de peso;
- metade dos pacientes apresenta náuseas e vômitos, decorrentes da redução interna do estômago;
- azia e queimação;
- vômito com sangue;
- acúmulo de líquido e aumento do volume abdominal;
- falta de ar e tosse;
- dores ósseas;
- pele amarelada.
Como prevenir?
Evitar o tabagismo, visitar o médico regularmente e avisar sobre qualquer anormalidade no aparelho gástrico, exigir os equipamentos de proteção individual, no caso de trabalhar na indústria de carvão, metal e borracha, e tomar cuidado com o armazenamento e a refrigeração dos alimentos, particularmente os defumados e embutidos, são medidas que você pode tomar para prevenir o câncer gástrico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!