O câncer do colo do útero – que pode ser de dois tipos: carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma cervical – é o terceiro tumor com mais incidência entre as mulheres brasileiras.
A estimativa para 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) é de 16.370 casos. Em relação às mortes, o último levantamento datado de 2013 apontou 5.430 óbitos em decorrência da doença.
Ainda conforme explica o Inca, essa é a quarta maior causa de mortes de mulheres por câncer no Brasil.
Dessa forma, trazemos neste artigo 6 perguntas e respostas sobre o câncer do colo do útero , buscando conscientizar a população para procurar o tratamento qualificado para essa doença tão agressiva. Continue a leitura!
1. HPV: o que é e como ele influencia nesse câncer?
O HPV (papilomavírus humano) engloba uma categoria com mais de 100 vírus diferentes que causam verrugas e papilomas (tumores não cancerosos), em várias mucosas do corpo, inclusive na região genital.
Esse vírus causa lesões e infecção que podem progredir e causar o câncer do colo do útero. Vale destacar que o HPV está presente em todos os casos desse tipo de tumor em populações jovens. O adenocarcinoma de colo de útero com HPV negativo está relacionado com idade mais avançada.
Porém uma informação que vale a pena destacar é de que a infecção por HPV é bastante comum na população em geral e apenas naquela pequena porção que não há regressão espontânea ou terapêutica das lesões é que o câncer se desenvolve.
2. Como evitar o HPV?
O principal método para não contrair o vírus é a abstinência sexual e a utilização de preservativos na relação sexual. Contudo, a eficácia do preservativo não é 100% garantida, até mesmo em casais que contam com apenas um parceiro nas relações sexuais. Hoje em dia a vacinação contra alguns subtipos de alto risco de HPV também é um método bastante eficaz de prevenção, indicada em mulheres entre 9 e 26 anos, porem apenas alguns subtipos estão cobertos, não eliminando a necessidade de se manter exames periódicos com papanicolau.
3. Há como prevenir o câncer do colo do útero?
Sim. A prevenção secundária começa antes que o câncer se desenvolva no útero, com o diagnóstico feito por exames – Papanicolau e HPV – que identificam lesões que podem se transformar em tumores malignos. Também é preciso evitar um número alto de parceiros nas relações sexuais, companheiros que tiveram várias parcerias, entre outros comportamentos de risco ligados ao sexo.
4. Como diagnosticar o câncer do colo do útero?
O exame Papanicolau é a forma mais comum de diagnóstico desse tipo de câncer, principalmente quando a doença está na fase pré-cancerosa. Outros tipos de exames, como o ginecológico, podem trazer o resultado – como o Teste de Schiller, que aponta áreas suspeitas que contenham o tumor. Ainda há a colposcopia, que auxilia na identificação.
5. Existe uma cura?
Sim. Contudo, vale apontar que, como outros tipos de câncer, os tumores do colo do útero têm maior probabilidade de cura quando identificados precocemente. O estadiamento (avanço do câncer na região identificada) também é outro ponto que denota se há possibilidade de cura. Assim, o diagnóstico nos estágios iniciais aumenta as chances de se livrar da doença.
Vale aqui ressaltar que a infecção por HPV não tem cura especifica ainda, apenas prevenção de alguns subtipos com vacina.
6. Como é feito o tratamento?
Novamente, o câncer do colo do útero segue as principais formas de tratar tumores presentes no organismo humano. Há as cirurgias (a laser, conização, criocirurgia, exenteração pélvica, histerectomia, histerectomia radical e traquelectomia), cada uma com suas características próprias; a quimioterapia e a radioterapia.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!