Também conhecido como mioma, o fibroma uterino é um tumor benigno (não cancerígeno) que acomete o útero. Costuma aparecer em mulheres acima de 50 anos e, na maioria das vezes, é assintomático. Não existe uma causa exata para a doença, mas alguns fatores podem influenciar no seu desenvolvimento, tais como hereditariedade (fator genético) e produção em excesso do hormônio estrogênio.
Tipos de fibroma uterino
Existem quatro tipos de fibromas uterinos. Eles são classificados de acordo com o local em que aparecem: miometrial (parede do útero), submucosal (abaixo do revestimento interno), subserosal (embaixo do revestimento externo) e pediculado (em um talo longo na parte externa do útero ou dentro da cavidade uterina). Durante a menopausa, a mulher pode não apresentar nenhum sintoma e, após o ciclo, as chances de ocorrência são reduzidas.
As complicações da doença são infertilidade, por causa da obstrução das tubas uterinas, infecção urinária, pela pressão exercida na bexiga, e anemia, devido à grande perda de sangue durante do ciclo menstrual, ou antes dele. Os sinais e sintomas são:
- fluxo menstrual intenso ou prolongado;
- aumento da frequência urinária;
- dor abdominal, na pelve e nas costas;
- dor durante a relação sexual;
- cólica intensa no período menstrual;
- pressão ou inchaço na parte inferior do abdômen;
- sangramento vaginal fora do período menstrual;
- infertilidade;
- anemia.
O diagnóstico
Para diagnosticar o problema, o médico poderá solicitar exames mais completos para além avaliar os sintomas indicados. Dentre eles, ultrassonografia pélvica ou transvaginal e ressonância magnética. Durante a consulta é possível identificar o mioma através do toque vaginal.
Tratamento do fibroma uterino
O tratamento será escolhido pelo médico de acordo com o estado de saúde geral da mulher, tipo de fibroma, idade e se deseja ter filhos. Em mulheres na menopausa ou próximo dela a indicação é de medicação para conter a produção de estrogênio.
Para mulheres que desejam engravidar, o mais indicado é o uso de pílulas anticoncepcionais que regulam os níveis hormonais e que podem reduzir o tamanho do mioma. Outros remédios também são indicados para diminuir a dor e a cólica, como anti-inflamatórios. Pode, também, ser colocado um dispositivo intrauterino (DIU), que libera progestina, ajudando a amenizar o fluxo e a dor, e injeção hormonal para reduzir o fibroma.
Outra opção é a cirurgia. Existem alguns procedimentos que podem ser realizados quando os medicamentos não fazem o efeito esperado. A miomectomia retira o fibroma e é indicada para mulheres que querem ter filhos, pois não prejudica o útero. A embolização arterial uterina interrompe a circulação sanguínea dentro do mioma, fazendo com que ele reduza de tamanho. O último recurso cirúrgico é a histerectomia que remove parte ou todo o útero.
Um dos sintomas do fibroma uterino é o desenvolvimento de anemia por consequência do fluxo menstrual intenso. Por isso, o tratamento complementar é a prescrição do sulfato ferroso para a reposição de ferro no sangue. Normalmente, é necessário apenas o acompanhamento do caso, sem necessidade de interferência cirúrgica ou de medicamentos mais fortes.
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