Três mitos e três verdades sobre o exame de biópsia

Grande parte das pessoas se assusta quando o médico solicita uma biópsia, pois, no imaginário popular, ela está associada apenas à detecção de câncer.  O texto abaixo esclarece alguns mitos e verdades sobre a biópsia e por que não deve ser motivo de preocupação.

Mitos e verdades sobre o exame de biópsia

Mito: o exame só é solicitado quando há suspeita de câncer

A biópsia não é um exame exclusivo para diagnosticar câncer. Pode ser requisitado para investigar doenças infecciosas e inflamatórias, identificando o agente gerador, e doenças autoimunes, indicando os órgãos afetados. Ela pode ser interna ou externa, geralmente com uso de sedativo ou anestesia, empregados para não haver nenhum desconforto.

Mito: o exame causa dores intensas

O procedimento é bem simples, rápido e não causa dor. Pode ser feito com anestesia ou sedação local. Em alguns casos nem é necessário. O médico retira um pedaço do tecido com agulha, pinça ou bisturi e o armazena em uma solução com formol, que é enviada ao laboratório para análise.

Mito: o pós-operatório é complicado, com muitos efeitos colaterais

O pós-procedimento é descomplicado, podendo ser solicitado apenas o uso de remédios para ajudar na cicatrização ou aliviar dor leve. Ao longo dos anos, a biópsia se tornou menos invasiva, devido aos avanços da medicina. Atualmente, trata-se de um exame seguro, sem consequências graves para quem o realiza. 

Verdade: é comum se solicitar o exame para qualquer órgão

Se houver necessidade, o médico poderá solicitar o exame para a confirmação de suspeitas. Os mais comuns são:

  • útero – identifica lesões na parede uterina;
  • fígado – identifica hepatite e lesões cancerígenas;
  • medula óssea – permite diagnóstico de leucemia e linfoma;
  • rins – auxilia na detecção de problemas renais.

Verdade: nem sempre é necessário internação

O procedimento pode ser feito dentro do consultório médico ou no hospital, bem rapidamente, sem necessidade de anestesia geral ou sedação. Em outros casos, pode ser solicitada a internação, pois o material será coletado através de cirurgia. 

Verdade: não existe apenas uma maneira de se realizar o exame

Segundo o Hospital Sírio Libanês, os procedimentos utilizados para a coleta da amostra são:

  • Endoscopia – os fragmentos da lesão são retirados com o auxílio de uma agulha cirúrgica. Utilizada para coletas no sistema digestivo, cólon e pulmão.
  • Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) – para nódulo na tireóide e na mama.
  • Agulha grossa (CORE) – usada, principalmente, para colher tecidos da mama, fígado, rins e pulmão.
  • Assistido a vácuo – retira, por meio de sucção a vácuo, fragmentos do tecido lesionado na mama.
  • Guiado por imagem – agulha fina conduzida por ultrassom ou ressonância. O procedimento é usado para locais de difícil acesso.
  • Aspiração ou biópsia de medula óssea – a medula tem duas partes: líquida e sólida. Uma é aspirada e a outra é retirada com uma agulha especial.

 

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