O esôfago é um importante órgão que integra o aparelho digestivo. Ele está situado entre o estômago e a faringe, se estendendo por aproximadamente 25 cm. Sua anatomia é bem específica e funcional, pois o esôfago é uma espécie de tubo responsável por levar o alimento desde a boca até o estômago. Assim como outros órgãos do corpo, o esôfago também está sujeito ao desenvolvimento de neoplasias. Vale destacar que o câncer de esôfago é uma doença séria, em que células anormais e malignas crescem no revestimento interno do órgão. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, atualmente ele é o sexto tipo de câncer mais comum em homens e o 15º em mulheres.
O tipo de câncer de esôfago mais comum é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por aproximadamente 96% dos casos. Os outros tipos (adenocarcinoma, linfomas, sarcomas, tumores adenóides císticos e carcinomas de células pequenas) são mais raros.
Apesar de grave, a descoberta precoce do câncer de esôfago aumenta consideravelmente as chances de sucesso do tratamento. Pensando nisso, preparei um material exclusivo sobre a importância de detectar o câncer cedo e os métodos diagnósticos mais recomendados. Vem ver!
A detecção precoce eleva as chances de cura do câncer de esôfago
A detecção precoce pode ser determinante no sucesso do tratamento. Afinal, mesmo os tumores mais agressivos, respondem melhor às terapias em estágios iniciais. Nos estágios mais avançados, em que os sintomas são intensos e o paciente já está debilitado, as possibilidades de cura são menores.
Os exames diagnósticos, além de confirmarem a existência da doença, servem para orientar o tratamento. Quando o câncer é descoberto no começo, parte do esôfago pode ser removida cirurgicamente para eliminar a área comprometida. Outras alternativas terapêuticas são a ressecção endoscópica da mucosa, ablação por radiofrequência e terapia fotodinâmica.
A importância de conhecer os fatores de risco
Vários fatores de risco que podem ter influência no desenvolvimento de câncer de esôfago. São eles o refluxo biliar, alcoolismo, dieta pobre em frutas e verduras, doença do refluxo gastroesofágico, obesidade, tabagismo, tilose, acalasia, esôfago de Barrett, radiação no abdome ou região peitoral e Síndrome de Plummer-Vinson.
Conhecer esses fatores de risco é importante para prevenir a doença, quando tais fatores estiverem relacionados a hábitos passíveis de mudança, como a abstenção de álcool ou adoção de alimentação balanceada. Além disso, o conhecimento sobre os aspectos que aumentam o risco de câncer de esôfago permitem que a pessoa faça o acompanhamento preventivo adequado. Quem tem mais chances de apresentar tumores digestivos deve visitar o médico regularmente. A realização de exames específicos, mesmo sem nenhum sintoma manifestado, permite a detecção precoce de eventuais problemas.
De olho nos sintomas
Além de conhecer os fatores de risco, é necessário ficar atento aos sintomas anormais. Procurar auxílio médico especializado ao notar qualquer manifestação suspeita é fundamental. A dificuldade ou dor para engolir, a dor torácica, sensação de obstrução na passagem dos alimentos, náuseas e vômitos, diminuição do apetite e perda expressivas de peso são sinais de câncer no esôfago. Investigue! Lembre-se que o quanto antes as doenças são descobertas, maiores são as chances de serem curadas.
Exames de rastreamento
A detecção precoce do câncer de esôfago envolve a realização de exames de rastreamento em indivíduos que apresentam alto risco para a doença, embora sejam assintomáticas. O objetivo desses exames é diagnosticar o problema na fase inicial ou em condições pré-cancerígenas. Nesses momentos as possibilidades de prevenção e cura são maiores.
Os principais exames de rastreamento são a endoscopia comum, endoscopia digestiva alta, biópsia quando necessária e ultrassom endoscópico. Pessoas com esôfago de Barrett fazem parte do grupo de alto risco. Portanto, é ideal que sejam adeptas do acompanhamento preventivo.
Quer saber mais sobre câncer de esôfago? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!