Câncer de Esôfago_ Como o Refluxo Gastroesofágico Crônico Pode Aumentar Seu Risco (1). O médico está confortando o paciente e o paciente está levemente triste

Câncer de Esôfago: A Influência do Refluxo Gastroesofágico Crônico no Aumento do Risco

O câncer de esôfago é uma doença séria que envolve o trato muscular responsável pela movimentação dos alimentos da boca até o estômago. Dentre os fatores que elevam o risco de desenvolver essa condição, destaca-se o refluxo gastroesofágico crônico (DRGE). Essa situação ocorre quando o ácido do estômago retorna ao esôfago com frequência, resultando em irritação e inflamação.

Conexão entre DRGE e Câncer de Esôfago

A exposição contínua do esôfago ao ácido gástrico pode provocar alterações celulares significativas. Entre essas alterações, uma das mais preocupantes é o esôfago de Barrett, condição na qual o revestimento normal do esôfago é substituído por tecido semelhante ao intestinal. Essa metaplasia intestinal é considerada uma lesão pré-cancerígena, elevando de maneira marcante o risco de surgir um adenocarcinoma esofágico. Pesquisas revelam que pessoas com esôfago de Barrett podem apresentar um risco de desenvolver câncer de esôfago de 30 a 125 vezes maior que a população em geral.

Fatores que Agravam o Risco

Além do refluxo crônico, existem outros fatores que podem aumentar a probabilidade de câncer de esôfago, como obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool. A obesidade, por exemplo, amplia a pressão dentro do abdômen, o que favorece o refluxo e, consequentemente, lesões no esôfago. Tanto o fumo quanto o álcool atuam como irritantes diretos da mucosa esofágica, alimentando o processo inflamatório e carcinogênico.

Prevenção e Acompanhamento

Para diminuir o risco de evolução do DRGE para um câncer de esôfago, é crucial tomar medidas preventivas, tais como:

– Controle do peso corporal: Manter um peso saudável alivia a pressão sobre o estômago, resultando em menos episódios de refluxo.

– Ajustes na dieta: Evitar alimentos que provocam aumento na produção de ácido gástrico, incluindo frituras, alimentos gordurosos, café, álcool e refrigerantes.

– Parar de fumar e consumir álcool com moderação: Hábitos como fumar e beber estão diretamente ligados ao aumento do risco de câncer no esôfago.

– Uso de medicamentos: Inibidores da bomba de prótons e antiácidos podem ser prescritos para controlar a acidez gástrica e proteger o esôfago de danos.

– Acompanhamento regular: Pessoas com esôfago de Barrett devem passar por endoscopias frequentes para detectar precocemente quaisquer mudanças malignas.

Diagnosticar e tratar prontamente o refluxo gastroesofágico é vital para evitar que complicações sérias, como o câncer de esôfago, se desenvolvam. Portanto, pessoas que apresentam sintomas persistentes de refluxo devem buscar orientação médica para uma avaliação e um manejo adequado.

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