A palavra biópsia vem da junção do termo grego bios, que significa vida, com o termo opsis, que quer dizer aparência ou visão. Dessa forma, em livre tradução, biópsia seria a visão da vida.
A biópsia é um procedimento cirúrgico através do qual se retira uma amostra de tecido suspeito para análise aprofundada do material em laboratório. Essa análise é tecnicamente chamada de exame anatomopatológico e cumpre um papel essencial no diagnóstico do câncer.
Há diferentes tipos de biópsias, que são distinguidas pela agulha utilizada. Existe a biópsia por agulha fina, biópsia por agulha espessa e biópsia dos linfonodos, caso eles estejam comprometidos. Geralmente, a escolha é feita pelo médico, baseando-se em características como, por exemplo, o tipo e tamanho da lesão, a localização do tumor, histórico do indivíduo, etc.
Praticamente todos os componentes e órgãos corporais podem passar por biópsia, incluindo-se os músculos, a pele, os ossos, secreções, bem como outros integrantes do organismo.
A fim de entender qual é a importância da biópsia para diagnosticar o câncer, confira a seguir.
A biópsia confirma ou descarta a malignidade
O resultado de exames de imagem, como a mamografia e ultrassonografia podem revelar alterações suspeitas, passíveis de investigação. Entretanto, não confirmam a existência ou ausência do câncer. É a biópsia que cumpre essa função, sendo, então, de grande importância no processo diagnóstico.
O exame anatomopatológico determina o tamanho do tumor
Por meio da biópsia, é possível estimar o tamanho do tumor, o que serve como indicativo do estágio da doença. Métodos de imagem, exame clínico e laudo anatomopatológico devem ser avaliados em conjunto para determinar as dimensões com maior precisão e, assim, confirmar a existência de patologia tumoral.
A biópsia possibilita o conhecimento das origens do tumor
Por meio da biópsia, é possível saber qual é o tipo de câncer, onde o tumor se originou, de que forma ele se desenvolveu e se houve ou não metástase. Ela revela se há alterações na forma e tamanho das células, sendo útil não só no diagnóstico de câncer, como também na verificação de outros problemas de saúde, como doenças inflamatórias e infecciosas.
A partir da biópsia, há como saber se o tumor é primário, se as manifestações cancerígenas são reincidentes de uma primeira lesão ou se são um novo câncer.
Os resultados do exame orientam o tratamento oncológico
A biópsia é um recurso diagnóstico que orienta o tratamento oncológico. A partir de informações como, por exemplo, o grau de estadiamento, o médico pode determinar a conduta terapêutica mais adequada para melhorar a qualidade de vida, amenizar os sintomas e aumentar as chances de cura.
Embora extremamente importante, a biópsia sozinha não é suficiente para fechar o diagnóstico de câncer e fornecer o prognóstico da neoplasia. Exames de imagem, testes de sangue, avaliação clínica e mesmo realização de novas biópsias devem ser considerados durante a investigação de tumores suspeitos.
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