câncer de pele

Bronzeamento artificial aumenta a incidência de câncer de pele?



No Brasil, o câncer de pele responde por 33% dos diagnósticos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, por ano, são registrados 180 mil novos casos.

Também há estudos apontando para um relativo aumento na incidência desse tipo específico de câncer. Fatores comportamentais, baixo nível de prevenção e a recreação ao ar livre em combinação com uma triagem precoce, por exemplo, são alguns motivos que explicam o aumento dos números.

Muitas pessoas preocupadas com a saúde recorrem às câmaras de bronzeamento por acharem que são mais seguras que o próprio sol. Entretanto, as coisas não são tão simples — e nem tão seguras — quanto a maioria das propagandas sugere.

A seguir, vamos conhecer alguns fatos sobre a relação entre o câncer de pele e o bronzeamento artificial. Acompanhe e tire suas dúvidas!

O que diz a ciência

Já existem diversos estudos realizados em vários países e diferentes cenários que sugerem que a incidência de câncer de pele aumenta entre as pessoas que fazem uso do bronzeamento artificial. A atenção maior se concentra nos mais jovens, pois tendem a repetir por mais vezes a prática.

O tipo de câncer que apresenta níveis de incidência maior é o carcinoma basocelular. Na sequência, o carncinoma espinocelular. Também existem os subtipos do melanoma, tido como a neoplasia de pele mais grave e letal.

O bronzeamento artificial, seja aquele feito em câmaras específicas ou os realizados em salões de beleza, fornecem radiação ultravioleta ao corpo. Como bem sabemos, tal radiação é extremamente prejudicial.

Na realidade, não importa de onde a luz ultravioleta venha, seja do sol ou de ambientes fechados, ela pode danificar o DNA abrindo caminho para o desenvolvimento do câncer.

Aqui cabe uma observação muito importante: muitas pessoas acham que os danos dos raios ultravioleta ocorrem somente quando a pele se queima. Na realidade, qualquer nível de bronzeamento, é sinal de dano.

Apenas uma vez

Talvez a pessoa esteja planejando fazer uma visita ao salão de bronzeamento “só desta vez”, para conseguir o tom de pele que deseja. De acordo com os pesquisadores, é melhor pular isso.

Também há estudos relacionados ao “só uma vez”. Algumas revisões sistemáticas de pesquisas demonstraram que qualquer uso de bronzeamento artificial antes dos 35 anos de idade pode ser relacionado com o maior risco de melanoma — a taxa de aumento é de 75%.

E como se todas essas preocupações não bastassem, ainda há o risco do vício. Isso mesmo! O bronzeamento artificial pode viciar, especialmente porque a exposição aos raios ultravioleta libera endorfina, a substância química do prazer. E, por isso, a pessoa tende a fazer o procedimento cada vez mais.

Melhor alternativa

Quem gosta de manter a pele bronzeada a melhor escolha é o jeito natural. Ou seja, os raios solares. Ainda assim, os cuidados devem ser constantes.

Por exemplo, evitando os períodos em que o sol está mais quente, a exposição excessiva e não economizando no filtro solar e na hidratação posterior.

Por fim, se você planeja fazer um bronzeamento, mas tem dúvidas sobre qual a melhor forma para o seu caso, converse com um especialista. Pois além de diminuir os riscos de câncer de pele, vai estar garantindo os melhores resultados sem perder de vista os cuidados com a saúde.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!



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