O crescimento fora de controle de alguma célula ou tecido caracteriza o início de um câncer. No caso do câncer do colo do útero, as células que compõem o colo podem sofrer agressões provindas de uma infecção e, em longo prazo, produzir o câncer no local. Essa infecção acontece pela infecção do vírus HPV (Papilomavírus Humano).
Nem toda mulher com o vírus HPV desenvolve o câncer, porém, o acompanhamento ginecológico é essencial para o monitoramento da doença. O vírus presente no homem pode acarretar também em problemas de saúde, até mesmo um câncer de pênis.
O colo do útero é a porção inferior do útero, onde é localizada a sua abertura. Ele é responsável pela separação dos órgãos internos e externos da mulher.
Quais são os sintomas do câncer do colo do útero?
Este tipo de doença não costuma apresentar sintomas em seu início. Portanto, sua fase inicial é caracterizada como assintomática.
Somente após o avanço da doença aparecem os primeiros sintomas, que podem ser:
- Corrimento vaginal escuro com cheiro desagradável;
- Sangramento vaginal intermitente ou após as relações sexuais;
- Dores abdominais;
- Dores associadas a queixas urinárias e/ou intestinais.
Causas e prevenção
A transmissão do vírus HPV (Papilomavírus Humano), que origina a infecção causadora do câncer de colo do útero, ocorre pela relação sexual. Ou seja, é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). O vírus é transmitido por abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.
Apesar de rara, a transmissão do HPV pode acontecer também através de roupas, toalhas ou até mesmo pela tampa do vaso sanitário.
A prevenção do câncer é feita através da prevenção do vírus HPV. Como a doença é mais incidente em mulheres a partir dos 26 anos, antes dessa idade a jovem pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) e solicitar a aplicação da vacina preventiva.
Como tratar a doença?
O tipo de tratamento adequado para o câncer do colo do útero depende de cada caso e do estágio em que ele se encontra. Fatores como o tamanho do tumor, idade da paciente e desejo em ter filhos também são levados em conta antes mesmo do início do tratamento.
A mulher poderá passar por uma cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Outra alternativa, em casos não tão avançados, em que há apenas a presença de uma lesão precursora, a paciente pode ser tratada de modo ambulatorial por uma eletrocirurgia.
No Brasil, é indicado que toda mulher com vida sexual ativa faça, frequentemente, um exame preventivo para detecção precoce do câncer de colo do útero. Esse exame, conhecido como “Papanicolau”, possibilita o rastreio inicial da doença, garantindo chances mais rápidas de cura e um tratamento menos agressivo.
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