O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é um tipo de tumor provocado pela infecção por determinados tipos oncogênicos de HPV – Papilomavírus Humano.
Embora frequente, a infecção genital por esse vírus não causa nenhum tipo de doença grave na maioria dos casos. Entretanto, quando há alterações celulares anormais, o quadro pode evoluir para câncer.
Essas alterações podem ser detectadas no exame ginecológico preventivo e são tratáveis e potencialmente curáveis em boa parte dos casos, quando há diagnóstico precoce. Por isso a importância da realização periódica do exame de prevenção.
Uma das principais alternativas para tratar o câncer de colo de útero é a cirurgia. E, ao contrário do que muitos imaginam, não existe somente um tipo de tratamento cirúrgico para essa condição. Veja a seguir quais são as operações disponíveis para tratar tumores no colo uterino, conforme cada indicação.
Cirurgia a Laser
Nesse procedimento, um feixe de laser é usado, a fim de remover amostras teciduais para análise ou queimar as células anormais. Tal cirurgia é geralmente eleita para tratar lesões pré-cancerosas e não os tumores invasivos.
Criocirurgia
Na criocirurgia uma sonda metálica resfriada com nitrogênio líquido é colocada diretamente no colo uterino com a finalidade de congelar as células anormais e destruí-las. Essa técnica é recomendada para tratar cânceres invasivos.
Conização
A conização é uma técnica que consiste na remoção de uma amostra de tecido do colo do útero. Tal amostra tem o formato de cone e é removida com o auxílio de um fio aquecido ou com o bisturi. O intuito é colher material para realizar biópsia e, então, determinar o tratamento a partir do estadiamento.
Traquelectomia
A traquelectomia é uma alternativa para mulheres em idade reprodutiva, que ainda desejam ter filhos. Nesse procedimento, o colo do útero é removido, mas o corpo do útero é mantido.
O médico insere uma bolsa alinhavada que atua como uma abertura artificial do colo do útero dentro da cavidade uterina. Isso viabiliza uma gestação normal, embora seja necessária a realização de cesariana.
Histerectomia Simples
Nessa operação ocorre a remoção do útero (corpo e colo uterino), visando preservar as estruturas adjacentes, como linfonodos pélvicos, vagina, ovários e trompas de falópio. A cirurgia pode ser feita através de incisão cirúrgica na parte frontal do abdômen ou através da vagina. A técnica pode ser laparoscópica, robótica ou aberta, realizada sob anestesia local ou geral.
Histerectomia Radical
Na histerectomia radical o cirurgião não retira somente o útero, mas também, tecidos próximos ao órgão, a parte superior da vagina e, se houver razão clínica justificável, ovários e trompas também podem ser retirados. A cirurgia pode resultar em infertilidade e problemas urinários ou intestinais, em alguns casos.
Exenteração Pélvica
Cirurgia mais extensa e complexa, a exenteração pélvica é indicada para tratar a recidiva de câncer no colo do útero. Nessa técnica são removidos os mesmos tecidos e órgãos da histerectomia radical e os linfonodos pélvicos passam por dissecção. Se o câncer tiver se disseminado para o reto, vagina, bexiga ou cólon, provavelmente será preciso remover esses órgãos também.
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