Câncer de Endométrio em Mulheres Jovens: Estratégias de Preservação da Fertilidade e Resultados Reprodutivos

Embora o câncer de endométrio seja mais frequente em mulheres que já passaram pela menopausa, sua incidência em mulheres jovens tem aumentado, despertando preocupações sobre os impactos na fertilidade. Neste contexto, é crucial abordar as estratégias que possibilitam tratar a doença sem prejudicar os planos reprodutivos.

Abordagens Conservadoras no Tratamento

Para mulheres jovens que recebem o diagnóstico de câncer de endométrio nos estágios iniciais (estágio IA da FIGO), quando a doença está bem diferenciada e não há sinais de disseminação, optar por um tratamento conservador pode ser uma alternativa viável. Pesquisas mostram que a terapia hormonal com progestágenos, como acetato de megestrol ou medroxiprogesterona, pode levar a uma remissão completa em muitas pacientes. No entanto, o acompanhamento cuidadoso é indispensável devido ao risco de a doença reaparecer.

Técnicas de Preservação da Fertilidade

Junto com as abordagens terapêuticas conservadoras, as técnicas de preservação da fertilidade tornaram-se parte fundamental do tratamento. A criopreservação de embriões é frequentemente a escolha mais efetiva para mulheres que têm um parceiro ou optam por doação de esperma. Para aquelas sem parceiro ou que escolhem outras alternativas, o congelamento de óvulos é uma opção valiosa. Essas técnicas devem ser empregadas antes de se iniciar tratamentos que possam afetar negativamente a função ovariana, como a quimioterapia ou radioterapia.

Resultados Reprodutivos e Considerações Finais

Embora as técnicas para preservar a fertilidade tragam esperança para mulheres jovens com câncer de endométrio, os resultados reprodutivos podem ser variados. Fatores como a idade da mulher, a reserva ovariana e a resposta ao tratamento desempenham um papel significativo nas chances de sucesso. Por isso, uma abordagem personalizada, que considere os desejos reprodutivos da paciente e os aspectos clínicos da doença, é vital.

O campo de preservação da fertilidade em mulheres jovens com câncer de endométrio é dinâmico e está sempre avançando. A colaboração entre oncologistas e especialistas em reprodução assistida é fundamental para proporcionar às pacientes as melhores opções de tratamento, integrando o combate eficaz ao câncer com a possibilidade de futuras maternidades.