O câncer de endométrio tem, por ano, cerca de 200 mil novos casos diagnosticados. Esta condição está presente entre os 10 quadros cancerígenos mais letais do mundo. É muito comum entre mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos, mas pode ocorrer em várias faixas etárias.
Então, se você deseja saber mais sobre essa doença, recomendo a leitura deste artigo. A seguir, explicaremos os pontos mais relevantes sobre esta condição. Não deixe de ler!
O que é o câncer de endométrio?
O endométrio é um tecido altamente vascularizado que reveste a parede interna do útero e o câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. As estatísticas mostram que somente 20% das pacientes estão na fase de pré-menopausa e, apenas 5% têm idade inferior a 40 anos.
Os carcinomas (80%) e os sarcomas (20%) constituem os tipos mais comuns do câncer de endométrio. Desde que diagnosticados precocemente, eles são curáveis em 90% dos casos.
Existem diversos subtipos dessa condição cancerígena, mas a grande maioria tem baixa malignidade e está associada ao excesso de estrogênio. Apenas três destes subtipos, no caso, carcinoma de células claras, carcinoma mucinoso e adenocarcinoma papilífero seroso têm grau significativo de malignidade.
Quais são as principais causas do câncer de endométrio?
O que se sabe é que há uma mutação genética no interior das células no endométrio que transforma as células saudáveis normais em células anormais. Essas células anormais se multiplicam descontroladamente formando uma massa (tumor).
As células cancerosas invadem os tecidos adjacentes, o que pode fazer com que elas se espalhem para outras partes do corpo. Em mulheres que menstruam, o endométrio engrossa a cada mês, em preparação para a gravidez. Se a mulher não engravida, o revestimento endometrial é derramado durante o período menstrual.
Após a menopausa, quando os períodos menstruais param, o revestimento endometrial normalmente deixa de crescer, mas em mulheres com câncer de endométrio, o revestimento do útero se desenvolve com células anormais.
Quais os sintomas?
Algumas mulheres, dependendo da idade, não chegam a apresentar nenhum sintoma e só identificam o quadro posteriormente em alguma bateria de exames. No caso de demonstrar algum sintoma, geralmente é o sangramento vaginal entre as menstruações. Além deste, outros possíveis são:
- Dor pélvica intensa;
- Incômodo durante a relação sexual;
- Excreção aquosa com sangue claro;
- Hemorragias.
Quais os fatores de risco do câncer de endométrio?
O principal fator de risco para o câncer de endométrio é a exposição a longo prazo ao estrogênio, produzido pelo próprio organismo ou recebido em forma de terapia hormonal. Outros fatores incluem:
- Menstruação precoce;
- Menopausa tardia;
- Idade avançada;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Estar fazendo ou ter feito terapia hormonal para câncer de mama;
- Histórico familiar;
- Ausência de exercício físico;
- Consumo excessivo de álcool;
- Nunca ter engravidado.
Como tratar o câncer de endométrio?
Quando diagnosticado, o quadro cancerígeno precisa ter sua fase determinada: se o tumor está circunscrito no útero ou se afetou outros órgãos. Essa avaliação é essencial para definir a conduta terapêutica a ser adotada.
Nos estágios iniciais, o tratamento cirúrgico é o mais indicado. Em geral, ele inclui a retirada do útero, das trompas e dos ovários e também a remoção dos linfonodos, quando necessário. Outros métodos possíveis de tratamento são quimioterapias, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia.
Enfim, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre o câncer de endométrio. A melhor forma de prevenção é manter uma rotina de check up ginecológico. Portanto, caso perceba algum sinal anormal, procure imediatamente o seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!