O câncer gástrico, como é chamado o câncer de estômago, é uma neoplasia maligna de difícil diagnóstico em função da ausência de sintomas em estágio inicial. Neste sentido, é fundamental conhecer os fatores de risco para entender quando é o momento de se preocupar.
Quer saber mais sobre esses fatores? Então, recomendamos que você continue a leitura deste texto. A seguir, falaremos um pouco mais sobre a doença e também sobre os aspectos que indicam a necessidade de redobrar a atenção.
O que é o câncer de estômago?
Da mesma forma que ocorre com outras neoplasias malignas, o câncer de estômago se desenvolve em função da multiplicação anormal e desorganizada das células, que se desenvolvem e formam tumores nos tecidos do órgão.
Ainda, este tipo de câncer pode se apresentar de três formas distintas: adenocarcinoma (das células secretoras), linfoma (células do sistema linfático) e leiomiossarcoma (tecidos que dão origem aos músculos e ossos do corpo).
O câncer de estômago é mais comum em pessoas com mais de 70 anos. Porém, uma boa parte dos diagnósticos são confirmados a partir dos 50 anos. Em função da sua evolução lenta e da ausência de sintomas no estágio inicial, costuma ser diagnosticado em situações onde a cura é mais difícil.
Quais fatores indicam a necessidade de se preocupar?
Quando falamos de fator de risco, estamos falando de um determinado componente que influencia nas suas chances de desenvolver uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco.
Contudo, ter um ou mesmo vários fatores de risco não significa que você irá desenvolver a doença. A seguir, conheça os principais aspectos que tornam uma pessoa mais suscetível ao câncer de estômago:
- ascendência: o câncer gástrico é mais frequente em países orientais como o Japão e a China, na Europa Oriental e Sul, na América Central e do Sul;
- gênero: homens estão mais propensos que as mulheres;
- idade: a doença é mais comum a partir dos 50 anos;
- etnia: negros estão mais suscetíveis do que brancos;
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori: ter uma infecção de longo prazo pode desencadear uma gastrite atrófica crônica e lesões pré-cancerígenas no estômago. Essa bactéria também tem relação com alguns linfomas do estômago;
- dieta: alimentação rica em alimentos defumados, peixes salgados ou carnes e vegetais em conserva favorecem a contaminação pela bactéria H. pylori.
- obesidade: o excesso de peso corporal pode favorecer o desenvolvimento de um câncer;
- tabagismo: a incidência do câncer gástrico é duas vezes maior em fumantes;
- diagnóstico de anemia perniciosa: pessoas com deficiência de vitamina B12 estão mais propensas à doença;
- mutações genéticas: pessoas com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 e/ou com alguma doença hereditária têm maior probabilidade de desenvolver esta neoplasia;
- infecção pelo vírus Epstein-Barr: esse microrganismo é encontrado nas células cancerígenas em cerca de 10% das pessoas com câncer de estômago;
- exposição ocupacional ao carvão, metal ou borracha ocasiona a predisposição;
- deficiência imunológica: pessoas com imunodeficiência têm um risco aumentado para câncer de estômago.
Enfim, se você se enquadra em um ou mais destes fatores, converse com seu médico sobre a necessidade de fazer o rastreamento do câncer de estômago. Porém, lembre-se: ter os fatores não significa ter a doença.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!