De acordo com levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de estômago é o terceiro tipo de maior incidência entre os homens e o quinto entre as mulheres. Porém, nem sempre é fácil diagnosticá-lo, pois está relacionado a sintomas comuns a outras doenças.
Quer saber tudo sobre as causas, sintomas e tratamentos desta neoplasia maligna? Então, recomendamos a leitura deste post. Nele, explicaremos tudo sobre cada um desses itens.
O que é o câncer de estômago?
Também chamado de câncer gástrico, o câncer de estômago ocorre quando há a formação de tumores, principalmente, na camada mucosa da parede gástrica. Trata-se de uma doença mais frequente em homens com idade entre 60 e 70 anos.
Ainda, os tumores malignos que desenvolvem no estômago costumam ser de lenta evolução, o que faz com que o seu diagnóstico seja tardio. O tipo mais prevalente é o adenocarcinoma, respondendo por 90% dos casos.
Outros tipos de tumores que podem surgir neste órgão são os linfomas e sarcomas, que são de baixa incidência, os tumores neuroendócrinos e os tumores estromais do trato digestivo (GIST). As melhores chances de cura existem quando o diagnóstico é precoce.
Quais são os sintomas mais comuns?
Geralmente, o câncer de estômago se desenvolve sem manifestar sintomas óbvios. Por isso, é necessário estar atento ao surgimento de qualquer problema que tenha alguma relação com a doença. Alguns importantes sinais são:
- azia constante;
- dor abdominal;
- náuseas e vômitos;
- perda de peso sem causa aparente;
- sensação de empachamento;
- diarreia ou prisão de ventre;
- fraqueza e cansaço;
- vômito com sangue ou sangue nas fezes.
Quais são as principais causas?
Assim como outros tipos de câncer, o câncer de estômago não tem uma causa específica conhecida. Neste sentido, existem fatores de risco que elevam as chances de alguém desenvolvê-lo. Esses fatores são:
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori, responsável por causar gastrites e úlceras gastroduodenais. Estudos recentes mostraram que ela também é capaz de produzir lesões pré-malignas na mucosa do estômago;
- fumantes apresentam duas vezes mais chances de adquirir o câncer no estômago;
- diagnóstico de gastrite atrófica;
- histórico do mesmo tipo de câncer na família;
- ter origem asiática;
- presença de pólipos no estômago, principalmente os adenomatosos.
Como é o tratamento?
O tratamento do câncer de estômago é basicamente cirúrgico e pode ser realizado nos diversos estágios da doença. O procedimento pode ser para a retirada parcial ou total do estômago e dos gânglios linfáticos e, em alguns casos, até de outros órgãos. As técnicas mais usadas são:
- ressecção endoscópica da mucosa, que consiste na retirada do tumor com o uso de endoscópio;
- gastrectomia subtotal, procedimento em que se realiza a remoção do omento e o do baço, parte do estômago e, às vezes, parte do esôfago ou do duodeno;
- gastrectomia total, quando há uma disseminação do tumor e se faz necessário remover os linfonodos, o omento e o estômago. Em alguns casos, o baço e parte do esôfago, intestino e do pâncreas também podem ser removidos;
- cirurgias paliativas: quando o câncer de estômago é inoperável, as cirurgias paliativas são indicadas para controlar a doença e aliviar os sintomas. Elas podem ser a gastrojejunostomia, a ablação tumoral endoscópica, a colocação de cateter e o posicionamento da sonda de alimentação.
Então, com a leitura deste texto, você conheceu um pouco mais sobre o câncer de estômago, seus sintomas e causas mais comuns e as formas de tratamento mais indicadas.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!