Segundo levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de estômago é o terceiro mais comum entre os homens no Brasil. Embora não tenha suas causas esclarecidas, essa doença está associada a fatores que tornam uma pessoa mais suscetível.
Quer conhecer mais sobre eles e entender quando você precisa buscar orientação médica? Então, recomendamos a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo sobre o tema.
O que é o câncer de estômago?
O câncer de estômago, ou câncer gástrico, é uma condição que se caracteriza pela formação de um tumor maligno na camada mucosa da parede gástrica que evolui lentamente, podendo levar até três anos para se manifestar.
Ainda, essa neoplasia maligna costuma ser assintomática em estágio inicial e os primeiros sintomas podem surgir após alguns anos. Por isso, é uma condição de difícil diagnóstico e, consequentemente, difícil tratamento.
No que se refere aos tumores, o mais prevalente é o adenocarcinoma, respondendo por 90% dos casos de tumores no órgão. Entretanto, é possível que surjam outros tumores como, por exemplo, os linfomas, sarcomas, neuroendócrinos e os estromais do trato digestivo (GIST).
Quando os sintomas estão presentes, quais são eles?
Geralmente, o câncer de estômago é silencioso e de lenta evolução. Quando os sintomas estão presentes, eles se assemelham aos sinais de uma gastrite ou de alguma indisposição digestiva, tais como, azia, náuseas, vômitos, queimação e dor abdominal
Assim, o quadro tende a se agravar, bem como os sintomas. Nesses estágios, o paciente apresenta sensação precoce de estômago cheio, sangramento presente nos vômitos e nas evacuações, perda de peso, icterícia, aumento do volume abdominal, falta de ar, tosse e dores nos ossos.
Quando há motivo para se preocupar?
Por ser uma doença silenciosa, nem sempre é fácil perceber os primeiros sinais de que a doença está presente. Dessa forma, além de estar atento ao surgimento de sintomas, você também precisa conhecer os fatores de risco associados à doença.
Esses fatores contribuem para que a pessoa desenvolva o câncer de estômago. Contudo, tê-los não significa que você terá a doença, mas que está mais suscetível. Esses fatores são:
- ser do sexo masculino e/ou ter mais de 50 anos
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori, responsável por causar gastrites, úlceras gastroduodenais e lesões pré-malignas na mucosa do estômago, ou pelo vírus Epstein-Barr;
- diagnóstico de pólipos no estômago, principalmente os adenomatosos;
- pessoas negras ou de origem asiática estão mais predispostas que pessoas brancas;
- fumantes apresentam duas vezes mais chances de adquirir o câncer no estômago;
- diagnóstico anterior de gastrite atrófica ou anemia perniciosa;
- ter realizado cirurgias de remoção de parte do estômago;
- histórico familiar ou pessoal de câncer gástrico, ou de síndromes genéticas;
- indivíduos com baixa imunidade tem maior predisposição.
Esses são os principais fatores de risco associados ao câncer gástrico. Por isso, se você apresenta um ou mais deles, procure um médico para que ele avalie a necessidade de realizar ou não exames de rastreamento.
Enfim, com a leitura deste post, você conheceu os principais riscos para o desenvolvimento do câncer de estômago. Portanto, faça a sua parte e favoreça o diagnóstico precoce e, consequentemente, o sucesso do tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!