Segundo levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de estômago é o terceiro tumor mais comum entre homens e o quinto entre as mulheres, principalmente o tipo adenocarcinoma, responsável por 95% dos casos.
Quer saber mais sobre as causas, sintomas e as possibilidades de tratamento para esta condição? Então, recomendamos a leitura deste post. Nele, responderemos a todas as suas dúvidas a respeito do tema.
O que é câncer de estômago?
Em suma, trata-se de uma neoplasia maligna que ocorre em função de uma proliferação anormal de células, que se desenvolvem nos tecidos dos órgãos. Assim como outros cânceres, quando alcançam a corrente sanguínea, levam ao estabelecimento de uma metástase.
Ainda, o câncer de estômago pode se manifestar de três formas distintas: adenocarcinoma (das células secretoras), linfoma (células do sistema linfático) e leiomiossarcoma (tecidos que dão origem aos músculos e ossos do corpo).
Outros tumores que podem surgir são os linfomas e sarcomas, sendo de baixa incidência. Também pode ocorrer tumores neuroendócrinos e os estromais do trato digestivo (GIST).
Geralmente, esse tipo acomete os homens na faixa etária de 60 a 70 anos. O sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce. Quando isso não ocorre e o tumor é diagnosticado em estágio avançado pode formar úlceras na mucosa, alcançando as camadas mais profundas do estômago e atingindo os linfonodos.
Quais são os sintomas?
Na maioria dos casos, o câncer de estômago é uma doença silenciosa que evolui lentamente, podendo durar de um a três anos. Quando manifesta sintomas, eles são semelhantes aos sinais de uma gastrite ou de alguma indisposição digestiva.
Dessa forma, entre os mais comuns, podemos citar: dor abdominal, queimação, azia, náuseas, vômitos, sensação precoce de estômago cheio, perda de peso e sangramento presente nos vômitos e nas evacuações., icterícia, tosse, falta de ar e dores nos ossos.
Como a doença é causada?
Assim como outros cânceres, as causas para o câncer de estômago não estão esclarecidas. Porém, existem fortes indícios de que haja uma relação entre a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, consumo excessivo de sal, de alimentos defumados e em conserva.
Além disso, existem fatores que elevam as chances de uma pessoa desenvolver esta neoplasia maligna, chamados fatores de risco. Nesse sentido, os mais populares são:
- manutenção de uma dieta pobre em frutas e legumes;
- apresentar pólipos no estômago ou sofrer de inflamação estomacal a longo prazo;
- histórico familiar de câncer de estômago;
- histórico pessoal de anemia perniciosa ou infecção por H. pylori;
- presença de lesões pré-cancerosas;
- idade avançada;
- consumo de carne processada;
- obesidade e sedentarismo;
- ser fumante.
Existe tratamento?
O tratamento cirúrgico é o padrão ouro no caso do câncer de estômago. Caso o paciente esteja fisicamente apto ao procedimento, a intervenção cirúrgica é a única chance de cura. De modo geral, o procedimento pode ser para a retirada parcial ou total do estômago e dos gânglios linfáticos e, em alguns casos, até de outros órgãos.
No que se refere às técnicas, existem diferentes possibilidades. Diante disso, uma delas é a ressecção endoscópica da mucosa, indicada apenas quando o câncer está na fase inicial e consiste na remoção do tumor com o uso do endoscópio.
Além disso, outro método muito comum é a gastrectomia, que pode ser subtotal ou total. Assim, o procedimento visa a retirada de parte do estômago, esôfago ou duodeno e a remoção total do omento e do baço. Ademais, o esôfago é conectado ao intestino delgado, criando um espaço para armazenamento dos alimentos.
Por fim, quando o câncer de estômago é inoperável, as cirurgias paliativas podem controlar a doença e aliviar os sintomas. Elas podem ser a gastrojejunostomia, a ablação tumoral endoscópica, a colocação de cateter e o posicionamento da sonda de alimentação.
Portanto, com a leitura deste texto, você conheceu tudo sobre o câncer de estômago, desde seus sintomas e fatores de risco até as diferentes possibilidades de tratamento. Sendo assim, caso perceba algum sinal semelhante, procure um médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Então, leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!