O câncer de fígado é um tumor grave, que embora possa atingir ambos os sexos, é mais incidente em homens. O câncer hepático pode ser de dois tipos: primário e secundário. O primário se inicia no próprio órgão, enquanto o secundário tem origem em outro órgão, como o intestino grosso ou reto, por exemplo, e posteriormente se espalha para o fígado.
Entre os tumores primários no fígado, o mais frequente é o hepatocarcinoma. Ele é agressivo e corresponde a cerca de 80% dos casos. Há também o angiossarcoma, o colangiocarcinoma, e o hepatoblastoma.
Os sintomas mais comuns de tumores hepáticos são a dor abdominal, perda de peso sem razão aparente, redução do apetite, mal-estar, massa anormal no abdome, distensão abdominal, pele e olhos amarelados.
Alguns aspectos podem elevar as chances de uma pessoa desenvolver câncer de fígado, entretanto, apresentar um fator de risco ou até mesmo vários, não quer dizer que o indivíduo terá tumor hepático algum dia.
Quer conhecer os principais fatores de risco para o câncer de fígado? Leia o artigo e confira quais deles podem ser evitados e controlados, a fim de prevenir o desenvolvimento de tumores malignos no órgão.
8 fatores de risco para o câncer de fígado
1. Tabagismo
A maioria das pessoas sabe que o hábito de fumar eleva o risco de câncer no pulmão, mas não para por aí! O tabagismo pode aumentar as chances de desenvolver tumores no fígado. Fumantes possuem um risco significativo maior do que indivíduos que não fumam.
2. Doenças hepáticas
Pessoas que têm ou já tiveram doenças hepáticas como a hepatite viral crônica, cirrose e esteatose são mais propensas ao desenvolvimento de câncer no fígado e, portanto, devem fazer o acompanhamento preventivo adequado.
3. Disfunções metabólicas hereditárias
Certas condições metabólicas hereditárias, exemplo de hemocromatose, são fatores de risco para o câncer hepático. Quem tem hemocromatose absorve maiores quantidades de ferro e esse ferro se aloja nos tecidos corporais, inclusive no fígado. Se essa quantidade for demasiada, isso pode levar à cirrose e, também, à formação de tumores hepáticos.
4. Enfermidades raras
Doenças raras como a tirosinemia, porfiria cutânea tardia, deficiência de alfa 1, doença de Wilson e doenças de armazenamento de glicogênio também podem influenciar no surgimento de tumor no fígado.
5. Alcoolismo
O alcoolismo é um importante fator de risco para problemas hepáticos, entre eles, a cirrose e o câncer do fígado. O uso regular e excessivo de álcool pode danificar o órgão e resultar em inflamação, fibrose e nódulos, o que pode, por sua vez, elevar o risco de câncer do fígado.
6. Obesidade
O excesso de peso também tem relação com o risco aumentado de câncer de fígado. Pessoas obesas são mais suscetíveis à esteatose hepática, também chamada de fígado gorduroso, o que eleva as chances de desenvolvimento da neoplasia no órgão.
7. Exposição a substâncias contaminantes
A exposição excessiva e prolongada a substâncias contaminantes e agentes químicos pode estar relacionada a casos de câncer hepático. As aflatoxinas, o dióxido de tório, o cloreto de vinila e o arsênico são as substâncias mais perigosas nesse sentido.
8. Uso de esteroides anabolizantes
O uso de esteróides anabolizantes, hormônios usados por atletas para aumentar a massa e a força muscular, são nocivos para o fígado. O uso contínuo pode aumentar o risco de câncer hepatocelular.
Quer saber mais sobre o câncer de fígado? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!