Laparoscopia pode ser indicada para diagnosticar o câncer de fígado

A laparoscopia é uma exame diagnóstico abdominal pouco invasivo. Dura aproximadamente 60 a 90 minutos e é feito com anestesia geral, ou seja, a pessoa não sente absolutamente nada durante o procedimento. São realizados quatro cortes em que são introduzidos os laparoscópicos, instrumentos com câmera para a visualização interna do abdômen do indivíduo.

Dessa forma, o médico pode verificar se há lesão, retirar tecido para biópsia e diagnosticar doenças. Com os avanços tecnológicos, essa técnica tem sido utilizada em cirurgia bariátrica para implantação do bypass. Outra função é a retirada da vesícula biliar e pequenas intervenções para solucionar problemas internos. 

O exame só pode ser realizado no hospital, por cirurgião geral, cirurgião do aparelho digestivo e outros especialistas. O pós-operatório é tranquilo, podendo-se voltar à rotina em até uma semana de repouso. A permanência no hospital dependerá do estado de saúde da pessoa. Geralmente ela pode receber alta em 24 horas.

Como a laparoscopia ajuda no diagnóstico de câncer de fígado?

O exame permite visualizar o tamanho do dano, a situação de órgãos próximos e a retirada de tecido do fígado para biópsia. As vantagens são a possibilidade de o médico ter visualização completa do órgão, podendo chegar a áreas mais profundas, e já planejar o tratamento cirúrgico, caso seja necessário. Mas, ela não exclui outras análises. Cada exame é importante para um diagnóstico mais acertado e, por consequência, a escolha do melhor método para tratar a doença. 

Durante a cirurgia são retiradas três amostras do tecido lesionado para estudo em laboratório. A biópsia durante a laparoscopia não é usual. A mais utilizada é a biópsia percutânea do fígado. Para obter imagens melhores do todo, pode se associar o exame ao ultrassom.

Como o câncer de fígado afeta o corpo?

A doença prejudica funções importantes para o corpo, tais como armazenamento e produção de glicose, metabolização de proteínas, nutrientes e medicamentos, síntese do colesterol, conversão de amônia em ureia e outros. 

Os sintomas da doença são consequências do mau funcionamento do fígado. A dor abdominal está ligada ao crescimento do tumor, que pressiona órgãos vizinhos, icterícia, pela obstrução do ducto biliar, acarretando alto nível de bilirrubina no sangue, e perda de peso pela má absorção dos nutrientes e proteínas. Cansaço, náusea e vômito também são sinais comuns. 

As causas do câncer de fígado podem estar relacionadas ao tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes, gordura no fígado e uso de anabolizantes. A cirrose e a hepatite B e C são fatores de alto risco para o desenvolvimento do câncer de fígado.

Geralmente, o diagnóstico só é possível na fase mais avançada, quando começam a surgir os primeiros sinais. Por isso, é essencial consultar um médico, caso os sintomas persistam por mais de duas semanas. 

O tratamento pode ser feito por meio de quimioterapia, radioterapia ou intervenção cirúrgica para a retirada do tumor ou de parte do órgão. A escolha dependerá do estado de saúde do indivíduo, dos resultados dos exames e das avaliações feitas após a laparoscopia e do estágio do câncer.

 

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