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Câncer de fígado: diagnóstico, prevenção e tratamento

O câncer de fígado não está entre as neoplasias mais prevalentes no Brasil – no entanto, dada a agressividade do tumor maligno nesse órgão, o diagnostico precoce é crucial para o paciente. O bom desfecho das ações médicas também depende do estado geral de saúde, da eficácia e boa indicação do tratamento que o paciente terá logo após a confirmação da doença.

O desenvolvimento do câncer no fígado pode se originar no próprio órgão (tumor primário) ou vir de outras partes do corpo, como o pâncreas, estômago, esôfago, reto, pulmões e mamas; nesse caso, é classificado como câncer secundário ou metástase.

“Câncer primário do fígado” é a denominação dada aos seguintes tipos da doença: carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma, que representa 80% dos casos; angiossarcoma, que cresce em vasos sanguíneos; e o colangiocarcinoma, tumor presente em dutos biliares, no interior do fígado.

Existe, ainda, o hepatoblastoma, que afeta o fígado predominantemente de crianças. Quanto ao hepatocarcinoma, os estudos mostram que os homens têm três vezes mais chances de desenvolvê-lo, em comparação com a incidência da doença entre as mulheres.

Sintomas do câncer de fígado

No estágio inicial, o câncer de fígado é assintomático para a maioria dos pacientes. Quando surgem os sinais, a doença já está avançada, diminuindo as chances de sobrevida do paciente.

  • Barriga inchada;
  • Dor abdominal, no lado direito;
  • Emagrecimento sem motivo aparente;
  • Olhos e pele amarelados (icterícia);
  • Náuseas constantes;
  • Cansaço frequente.

Os fatores de risco são as doenças do fígado como a cirrose hepática, vírus da hepatite B e C, esteatose (gordura no fígado), o alcoolismo e diabetes. A colangite esclerosante e a colite ulcerativa são outras doenças que favorecem o desenvolvimento do câncer de fígado.

Obesidade e o uso de anabolizantes propiciam condições favoráveis a este tipo de neoplasia. É preciso também ter cuidado com determinados alimentos milho, amendoim e mandioca contaminados por fungos (comida com bolor), que produzem uma substância chamada aflatoxina, potencialmente cancerígena para o fígado.

Nesses casos, é recomendável fazer um check-up geral e repetir os exames anualmente. Geralmente, o médico especialista  solicita os exames necessários para investigar a existência de neoplasia no fígado ou em outros órgãos. A biópsia de um pedaço do fígado também é comumente indicada para confirmar a presença de células de câncer.

Tratamento do câncer de fígado

A cirurgia é o principal tratamento para a remoção do câncer de fígado. Procedimentos como a quimioterapia também podem ser realizados, normalmente como auxilio ou ponte antes da cirurgia com a finalidade de reduzir o tamanho do tumor. Transplante de fígado, radioablação, quimioembolização são também alternativas a alguns casos específicos. Radioterapia externa também pode ser considerada como alternativa.

Prevenção do câncer de fígado

  • Vacina contra as hepatites B e C;
  • Eliminar o consumo abusivo de bebidas alcoólicas;
  • Sexo seguro para evitar a contaminação dos vírus das hepatites;
  • Não compartilhar instrumentos perfuro-cortantes, como alicates de unhas, para prevenir o contato com resíduos corporais contaminados por vírus das hepatites;
  • Manter uma alimentação saudável.

Além das recomendações acima, destacamos que é fundamental fazer o check-up anual e investir em um estilo de vida saudável, eliminando o sedentarismo, tabagismo, álcool, drogas ilícitas e a automedicação.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre o meu trabalho como oncologista em Londrina!

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