O câncer de ovário é um dos tumores malignos mais comuns entre as mulheres, sendo considerado o segundo tipo de câncer ginecológico mais frequente. Assim como ocorre com outras neoplasias, o sucesso do tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada.
No entanto, essa doença é silenciosa e só costuma manifestar sintomas em fases avançadas. Por isso, é fundamental manter uma regularidade na realização de exames que contribuem para essa detecção precoce. Quer saber mais sobre eles? Então, continue a leitura.
1) Ultrassonografia pélvica
A ultrassonografia pélvica é um exame essencial, pois possibilita a visualização de imagens das condições internas do aparelho reprodutor feminino, tais como, ovários, bexiga e útero. Dessa forma, permite a identificação precoce de doenças como os ovários policísticos, mioma uterino, endometriose e câncer de ovário.
Ainda, este exame pode ser solicitado em casos de irregularidade menstrual, sangramento vaginal, infertilidade e dores na região da pelve. O procedimento ocorre de duas formas: abdominal ou transvaginal.
No primeiro caso, a ultrassonografia ocorre de forma tópica pela região pélvica, mais viável para quem não iniciou a vida sexual. Já no segundo, introduz-se um aparelho capaz de captar imagens em alta resolução da parte interna do sistema reprodutor.
2) Tomografia computadorizada
Trata-se de um exame muito conhecido, sendo uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza raios-X para a visualização de pequenas fatias de regiões do corpo. Durante o procedimento, a paciente deita em uma espécie de tubo, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.
Ainda, a tomografia computadorizada permite determinar, entre outras coisas, o tamanho e a localização do tumor de ovário, se os linfonodos estão aumentados, se a doença se espalhou para o fígado ou outros órgãos, ou sinais de que a doença esteja afetando os rins ou a bexiga.
Quando a biópsia do tumor se faz necessária, a tomografia computadorizada pode ser utilizada para guiar com precisão o posicionamento da agulha que fará a coleta de material para análise laboratorial.
3) Tomografia por emissão de pósitrons
A tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) é um procedimento capaz de medir variações nos processos bioquímicos. Isso porque, quando há um câncer de ovário, eles são alterados antes que haja sintomas visíveis.
Ainda, as imagens dessa tomografia podem ser úteis para diagnosticar se as áreas suspeitas visualizadas em outros exames de imagem são tumores. Também pode ser usado para verificar se a doença está respondendo ao tratamento.
Por último, a tomografia por emissão de pósitrons permite diagnosticar se o câncer se disseminou para os linfonodos ou outras estruturas e órgãos do corpo. No entanto, esse procedimento não é o padrão ouro para câncer de ovário.
4) Ultrassom transvaginal
O ultrassom transvaginal é um exame de imagem, indolor, feito com a paciente deitada para a introdução de um transdutor, que emite ondas sonoras transformadas em imagens, sendo um complemento da ultrassonografia pélvica.
Isso porque oferece mais precisão na visualização da região. Assim, possibilita o diagnóstico de vários problemas, desde cistos e infecções até um câncer. Diferente de outros exames, este não emite radiação e produz imagens nítidas e detalhadas dos órgãos. Por isso, é um dos procedimentos mais recomendados pelos médicos para o rastreamento de tumores.
Enfim, a melhor forma de diagnosticar um câncer ginecológico é mantendo uma rotina de exames preventivos e consultas médicas com seu ginecologista. Portanto, faça sua parte e contribua para o diagnóstico de doenças como o câncer de ovário.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!