O câncer de ovário é o segundo tipo mais comum de câncer ginecológico, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A melhor forma de evitar a doença e favorecer o diagnóstico precoce é entendendo mais sobre ela e suas causas.
Neste sentido, preparamos este post para listar tudo o que você precisa saber a respeito do tema. Então, se tem interesse no assunto e quer conhecer os motivos que levam ao surgimento de um tumor nos ovários, não deixe de ler este texto.
Afinal, o que é o câncer de ovário?
O câncer de ovário é um tipo de tumor ginecológico, sendo o segundo mais comum, perdendo apenas para o câncer de colo de útero. Essa doença se desenvolve nas células epiteliais que revestem o ovário, nas germinativas que formam os óvulos ou nas estromais que produzem os hormônios femininos.
Porém, diferente do que se propagou durante muito tempo, essa neoplasia maligna não surge apenas nesse órgão, mas também pode aparecer nas células distais das trompas de Falópio. Além disso, pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais recorrente a partir dos 40 anos.
O câncer de ovários é de difícil diagnóstico, pois a maioria dos tumores só causa sintomas em estágio avançado. No entanto, esses tumores são benignos e não alcançam outros órgãos, permanecendo nos ovários. Quando apresentam traços de malignidade, podem se disseminar pelo corpo.
Quando manifesta sintomas, quais são eles?
Estamos falando de uma doença silenciosa e, mesmo quando existem sintomas, continua sendo de diagnóstico complexo. Isso porque sua sintomatologia se assemelha a de outras patologias.
Por exemplo: dor pélvica ou abdominal, inchaço, vontade frequente e urgente de urinar, fadiga, dor estomacal, constipação, alterações menstruais, dor nas costas ou após a relação sexual, perda de apetite e de peso.
E como a doença é causada?
De modo geral, as neoplasias malignas não têm suas causas totalmente conhecidas e com o câncer de ovário não é diferente. Contudo, existem fatores que podem aumentar os riscos para essa condição. A seguir, saiba mais sobre eles:
- síndromes genéticas: síndrome de Peutz-Jeghers, polipose, hamartoma e, especialmente, aquelas relacionadas aos genes BRCA1 e BRCA2;
- exposição à radiações ou substâncias químicas cancerígenas durante a vida;
- ter mais de 40 anos, principalmente se a mulher já passou pela menopausa;
- diagnóstico de obesidade;
- ter o primeiro filho após os 35 anos;
- realizar fertilização in vitro e/ou terapia hormonal após a menopausa;
- histórico familiar de câncer de mama, colorretal ou do próprio câncer de ovário;
- histórico pessoal de câncer de mama;
- alimentação rica em gorduras e pobre em vegetais.
Como funciona o tratamento?
Após o diagnóstico e estadiamento do tumor, o paciente receberá orientação médica quanto às opções de tratamento. A principal alternativa é a cirurgia para remoção da massa tumoral. Se o câncer estiver apenas localizado no ovário, é possível realizar o procedimento por laparoscopia.
Contudo, em casos avançados, quando há o comprometimento de outras estruturas abdominais, há a necessidade de usar a técnica tradicional e, além dos ovários, retira-se as tubas, o útero, os linfonodos, parte do peritônio e, se for necessário, uma porção do intestino.
Para aumentar as chances de cura, poderão ser indicadas sessões de quimioterapia por até 5 meses. Posteriormente, a fim de evitar a recidiva e apenas para pacientes com o câncer em estágio avançado, realiza-se o tratamento de manutenção.
Enfim, o câncer de ovário é uma doença grave e que precisa ser tratada o quanto antes. Para isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Portanto, siga uma rotina de visitas periódicas ao seu médico e cuide da sua saúde.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!