O câncer de ovário é uma doença que atinge cerca de 6 mil mulheres por ano no país e possui uma elevada taxa de mortalidade. Portanto, detectar o tumor o quanto antes é essencial para um tratamento com bons resultados.
Entretanto, em muitos dos casos, a patologia age de forma silenciosa, fazendo com que as pacientes cheguem ao consultório em condições avançadas. Dessa forma, é muito importante investir em medidas preventivas.
Neste texto, vamos falar sobre isso e sobre algumas formas de tratamento. Continue a leitura!
Como ocorre o câncer de ovário?
Os ovários são duas pequenas glândulas que fazem parte do aparelho reprodutor feminino. Neles, ocorre a produção dos hormônios progesterona e estrogênio, bem como dos óvulos. Portanto, aqui já fica clara a importância dessa parte do corpo da mulher, não é mesmo?
Entretanto, por diversos fatores, as células dessa região ficam doentes, dando origem ao câncer. Alguns fatores de risco para que isso acontece são:
- Histórico familiar;
- Idade (a doença é mais comum após os 40 anos, mas pode ocorrer em outras fases da vida);
- Mutações genéticas, como dos genes BRCA1 e BRCA2, também associados ao câncer de mama;
- Maus hábitos de vida, como tabagismo e sedentarismo.
Sinais da doença
Os sintomas do câncer de ovário costumam se confundir com diversos outros problemas de saúde, como questões gastrointestinais. Assim, nem todas as pacientes correm para o médico para entender o que pode estar de errado.
Então, além de ficar atenta ao histórico familiar, principalmente de um parente direto, como a mãe, a mulher deve observar os seguintes sintomas:
- Dores na região pélvica;
- Dor durante a relação sexual;
- Inchaço e aumento do volume abdominal;
- Prisão de ventre com relativa frequência;
- Alterações gastrointestinais;
- Menstruação irregular.
Principais formas de prevenção
Agora que você já sabe melhor sobre essa doença, fica mais fácil entender como preveni-la, não é mesmo?
A principal forma de prevenção é a manutenção de hábitos saudáveis, uma vez que as chances de desenvolvimento de um câncer têm total ligação com o estilo de vida que levamos. Assim, confira o que fazer:
- Manter uma alimentação balanceada e rica nutricionalmente;
- Fazer atividade física regularmente;
- Cuidar da saúde mental com práticas meditativas, terapia, entre outras medidas;
- Consultar o ginecologista para avaliações periódicas;
- Fazer mapeamento genético, quando há recomendação médica, que podem identificar mutações.
Com relação a esse último ponto, lembramos do caso da atriz Angelina Jolie, que optou pela remoção dos ovários, quando um exame revelou elevadas chances de desenvolvimento de câncer.
Tratamentos indicados
A conduta médica para tratar a doença varia conforme a gravidade do quadro e a fase de vida da mulher. Isso porque, em muitos casos, existe recomendação cirúrgica em que não somente os ovários são removidos, mas, também, o próprio útero.
Portanto, é preciso avaliar se a mulher ainda está em idade fértil e tem o desejo de gerar um filho. E, mais uma vez, o diagnóstico precoce ajudará nesse processo, pois, assim, é possível retirar apenas a estrutura comprometida.
Além disso, existe o tratamento por meio de quimioterapia e radioterapia, que podem ser complementares à cirurgia para a remoção do câncer de ovário. Seja como for, somente a avaliação médica individualizada será capaz de determinar a abordagem em cada caso.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!