De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. Embora não tenha causas conhecidas, existem fatores de risco que podem ser evitados.
Neste sentido, preparamos este post para explicar tudo o que você precisa saber a respeito do assunto. Então, se quiser conhecer mais sobre essa doença, continue a leitura do texto.
Entenda o que é o câncer de ovário
O câncer de ovário é uma doença provocada pela multiplicação desordenada das células presentes nesse órgão, formando tumores malignos que afetam o funcionamento do órgão. Por ser de difícil diagnóstico, essa neoplasia tende a ser identificada tardiamente.
Ainda, essa condição pode se apresentar de três formas diferentes: tumores epiteliais, células germinativas e células estromais. Os tumores epiteliais são os mais comuns e se desenvolvem na superfície do órgão.
Já os estromais representam apenas 1% dos casos e a maioria é diagnosticada em mulheres com mais de 50 anos. Por último, os tumores de células germinativas se formam nos óvulos. Geralmente, trata-se de uma condição benigna. Quando malignos, podem ser letais.
Quais são os sintomas mais comuns?
O câncer de ovário se caracteriza pela presença de sintomas que frequentemente são confundidos com outras doenças e distúrbios, como, por exemplo, dor pélvica ou abdominal, inchaço, vontade frequente e urgente de urinar, fadiga, dor estomacal, constipação, alterações menstruais, dor nas costas ou após a relação sexual, perda de apetite e de peso.
Quais as causas?
Assim como ocorre com outros tipos de câncer, as causas que motivam a multiplicação desordenada de células não são conhecidas. Contudo, existem fatores que estão por trás do desenvolvimento de um tumor maligno no ovário. São elas:
- alteração genética hereditária, como aquelas relacionadas aos genes BRCA1 e BRCA2 e as síndromes de Peutz-Jeghers, polipose e hamartoma;
- exposição às radiações ou substâncias químicas cancerígenas durante a vida;
- ter mais de 40 anos, principalmente se a mulher já passou pela menopausa;
- ter o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 (obesidade);
- nascimento do primeiro filho após os 35 anos é um fator de risco;
- tratamento para fertilidade com fertilização in vitro;
- fazer terapia hormonal após a menopausa;
- histórico familiar de câncer de mama, colorretal ou do próprio câncer de ovário;
- histórico pessoal de câncer de mama;
- alimentação rica em gorduras e pobre em vegetais.
Quando a retirada dos óvulos é necessária?
Geralmente, o tratamento mais efetivo é a cirurgia que visa remover o tumor, podendo ou não preservar o ovário e o útero. O procedimento é chamado de ooforectomia e pode ser feito para tratar ou para preservar o câncer.
Porém, a remoção dos ovários provoca importantes alterações hormonais nas mulheres, causando sintomas comuns à menopausa. Isso porque o organismo passa a ser privado dos hormônios produzidos por esses órgãos.
Embora provoque importantes consequências para as mulheres, o procedimento reduz o risco de câncer de mama e de ovário, principalmente quando realizado a partir dos 40 anos. Além disso, caso a doença já esteja instalada, a cirurgia também aumenta a taxa de sobrevida.
Então, com a leitura deste post, você conheceu mais sobre o câncer de ovário, seus sintomas, causas e formas de tratamento. Portanto, faça sua parte e contribua para o diagnóstico precoce da doença.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!