Entenda quando a cirurgia é indicada para tratamento do câncer de reto

O intestino é um importante órgão que compõe o sistema digestivo. Nele, estão incluídos tanto o intestino delgado quanto o grosso. O intestino grosso é composto pelo cólon, reto e o ânus. O órgão é responsável por absorver os nutrientes dos alimentos ingeridos, assim como a eliminação do que não foi absorvido pelo organismo: as fezes. Neste artigo, vamos falar sobre o tumor maligno que se desenvolve em uma das partes desse órgão: o câncer de reto.

Antes, é importante saber que as doenças mais frequentes na região são os pólipos, diverticulites, além do câncer que falaremos a seguir. Inclusive, o tumor maligno no reto vem crescendo entre a população brasileira. Anteriormente, o público mais atingido pela doença estava na faixa dos 60 a 65 anos de idade.

Atualmente, no entanto, a doença vem sendo diagnosticada em jovens de 30 e 40 anos. Quanto mais cedo descoberto, maiores as chances de cura. Continue a leitura para saber quando a cirurgia é indicada para o câncer de reto.

Como surge e como tratar o câncer de reto?

A probabilidade de uma pessoa entre os 20 e os 29 anos apresentar sintomas de câncer no reto ainda é muito pequena. No entanto, este tipo de tumor vem crescendo anualmente entre a população mais velha. O principal motivo são os atuais hábitos alimentares da sociedade e o sedentarismo constante nas grandes cidades.

Mesmo aqueles com bons hábitos alimentares, ativos e sem casos da doença na família podem apresentar os primeiros sintomas. Dentre eles está o sangramento nas fezes e a mudança na frequência das idas ao banheiro. Para especialistas, o consumo de alimentos ultraprocessados pode ser um indicativo para o aumento dos casos de câncer entre a população.

A obesidade também é um fator relevante para o surgimento da doença, assim como a presença de pólipos no intestino, que podem gerar tumores malignos. Outros fatores são o tabagismo e o histórico de câncer em outras partes do corpo.

O tratamento do câncer de reto pode incluir a radioterapia, imunoterapia e cirurgia. Especialistas são unânimes em apontar a cirurgia como o principal e mais eficaz método terapêutico para a doença. Porém, ela só é indicada para os casos de câncer de reto não disseminados, quando ainda estão entre o estágio 0 e 3, como primeira opção para cura.

Em estágios acima de 4, a cirurgia pode ser indicada para aumentar a qualidade de vida do paciente, já que houve metástase e não é possível exterminar o tumor apenas com o procedimento.

A indicação cirúrgica

Antes de indicar o procedimento cirúrgico, o médico avalia a localização do tumor, sua extensão e a saúde geral do paciente. É preciso uma equipe multidisciplinar para o tratamento, para atingir as metas determinadas.

No estágio 0, o tumor ainda não se desenvolveu e nem disseminou, o que torna a cirurgia um procedimento fundamental para extração do tumor na região afetada. Porém, neste estágio a doença é de difícil diagnóstico, devido a falta de sintomas.

No estágio 1, o tumor já está se espalhando pela mucosa e região muscular do reto, mas as chances de cura permanecem altas. A cirurgia é o principal procedimento a ser realizado. Já no estágio 2, o tumor já está se espalhando para outras partes do intestino, indo além da região retal, mas ainda não atingiu os gânglios linfáticos e nem outros órgãos. No estágio 2, é sempre indicada a cirurgia, acompanhada da radioterapia e quimioterapia.

Já avançando para os nódulos linfáticos, o tumor do estágio 3 ainda não chegou a outros órgãos e há grandes chances de cura. A cirurgia é a principal esperança, já que ela remove os linfonodos afetados, ou mesmo a ressecção de parte do órgão.

Os estágios superiores podem envolver a remoção da lesão do reto e incluir pontos de outros órgãos atingidos com relativo sucesso, desde que ainda estejam em poucos órgãos. Mas, em geral, o procedimento cirúrgico em estágio mais avançado do câncer no reto ajuda a ampliar a sobrevida do paciente e permitir que ele tenha um cotidiano mais confortável.

É muito comum que cirurgias de câncer no reto sejam feitas por colostomia definitiva e ileostomia temporária. A forma mais frequente de cirurgia é a laparoscopia, por ser menos invasiva e permitir uma rápida recuperação do paciente. Nesses casos, ainda é frequente a cirurgia aberta, pela grande técnica e abrangência do procedimento.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

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