4 mitos sobre o câncer de vesícula

A vesícula é provavelmente um dos órgãos menos conhecidos da anatomia humana. Em formato de pera e localizada logo abaixo do fígado, tem como principal função armazenar a bile, substância produzida pelo fígado e que auxilia na digestão dos alimentos. Assim como qualquer órgão, ela está sujeita a problemas. Um dos mais graves é o câncer de vesícula.

Justamente pelo seu tamanho diminuto, a falta de conhecimento sobre o órgão e o fato de ser um daqueles com menor incidência entre todos os tumores malignos, quando o câncer é descoberto ele geralmente se encontra em estágio avançado, dificultando o tratamento.

Com isso, uma série de mitos e inverdades surgiu a respeito desse tipo de câncer, e são eles que serão discutidos na sequência.

1. A dor é o primeiro sintoma desse tipo de câncer

Mito. Um dos maiores problemas do câncer de vesícula é que seus sintomas costumam se manifestar somente quando está em estágio avançado, e, ainda assim, seu diagnóstico é difícil, pois os sinais costumam ser muitos vagos.

Os principais sintomas associados a esse tipo de cancro incluem febre, perda de apetite, dor abdominal e perda de peso sem nenhuma causa aparente. Por isso, na presença desses sintomas, é necessário procurar um especialista tão cedo quanto for possível, para que exames sejam feitos e se tenha sua comprovação ou não.

2. Homens são mais afetados do que mulheres

Também se trata de um mito, pois, apesar de toda pessoa possuir vesícula, já que se trata de um órgão do sistema digestivo, ou seja, que não apresenta nenhuma diferença entre os sexos, as mulheres são mais afetadas.

Estimativas indicam que esse tipo de câncer afeta duas vezes mais mulheres do que homens, e as chances de seu surgimento aumentam após os 65 anos de idade.

3. O câncer de vesícula é causado apenas por fatores externos

Mito. Apesar de fatores relacionados ao estilo de vida, como tabagismo e obesidade, aumentarem as chances de seu surgimento, fatores internos possuem um grande peso na manifestação da doença.

Hoje os especialistas sabem que pacientes idosos com diabetes — uma doença crônica —, pessoas que apresentam pedras na vesícula com frequência e aqueles com colecistite são significativamente mais propensos à doença. Assim, é fundamental que essas pessoas façam exames para verificar o estado da vesícula sempre que possível, permitindo o diagnóstico da doença o mais cedo possível, caso ela venha a ocorrer.

4. Esse tipo de câncer não tem cura

Mito. Essa impressão ocorre porque na maioria dos casos o diagnóstico é feito tardiamente, quando o câncer já está em estágio avançado, o que dificulta a eficácia do tratamento.

No entanto, quando é descoberto em estágio inicial, a retirada cirúrgica da vesícula combinada com outros tratamentos, como quimioterapia e radioterapia, é altamente eficaz para que o paciente se livre do câncer de vesícula. Apesar de sim, possuir um prognostico e chance de cura completa muito baixas se descoberto em estagios avançados.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

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