O câncer ginecológico é responsável pela morte de uma mulher por hora no Brasil, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Neste sentido, é fundamental conhecer os fatores que aumentam os riscos para a doença.
Por isso, preparamos este artigo para que você conheça esses fatores e faça a sua parte para reduzir as chances de desenvolver essa neoplasia maligna. Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura.
Como o câncer ginecológico se desenvolve?
O câncer ginecológico é um termo usado para classificar diferentes tumores que se desenvolvem no aparelho reprodutor feminino, englobando os cânceres de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva.
Ainda, esses tumores possuem alta taxa de mortalidade, pois tendem a ser silenciosos, provocando sintomas apenas em estágio avançado. Assim, a doença pode estar presente sem que o paciente saiba.
Dessa forma, é fundamental que a mulher esteja atenta ao seu corpo e mantenha uma rotina de visitas ao ginecologista a fim de realizar exames preventivos, que precisam ser repetidos, pelo menos, uma vez por ano.
Assim como outros tipos de neoplasias malignas, o câncer ginecológico não tem suas causas esclarecidas. Porém, é possível reduzir as probabilidades ao evitar os chamados fatores de risco. A seguir, falaremos mais sobre eles.
O que são os fatores de risco e quais são aqueles relacionados ao câncer ginecológico?
Resumindo, um fator de risco é uma condição ou uma característica que torna uma pessoa mais suscetível ao desenvolvimento de determinada doença. No entanto, tê-lo não significa que uma pessoa será diagnosticada com o problema.
Embora o câncer ginecológico possa acometer diferentes áreas do corpo, existem fatores de risco que são comuns a todos ou a maior parte deles. Vamos a eles:
- infecção pelo Papilomavírus humano (HPV): trata-se do principal fator de risco para os cânceres de colo de útero, vulva e vagina. A infecção se caracteriza pela presença de verrugas nos órgãos genitais e pode ser prevenida através da vacinação e da prática do sexo seguro;
- síndromes genéticas: esse é um fator não modificável e presente em 10% dos casos, principalmente quando a síndrome está relacionada aos genes BRCA1 e BRCA2, responsáveis por controlar a divisão celular;
- histórico sexual: o comportamento sexual tem grande influência para o desenvolvimento do câncer ginecológico. Alguns aspectos que aumentam as chances são: tornar-se sexualmente ativo antes dos 18 anos, ter múltiplos parceiros ou ter um parceiro de alto risco;
- AIDS: por levar ao enfraquecimento do sistema imune, portadores do vírus do HIV, estão mais suscetíveis;
- uso de imunossupressores: o uso desses medicamentos é essencial no tratamento de algumas doenças. Porém, enfraquecem a ação das células de defesa, facilitando o acometimento por doenças;
- histórico familiar de câncer: outro fator não modificável que eleva o risco para o câncer ginecológico é o histórico de um câncer na família, especialmente em parentes de primeiro grau;
- uso de anticoncepcionais orais: a utilização contínua de anticoncepcionais orais pode contribuir para o desenvolvimento desse câncer;
- tabagismo: mulheres que fumam têm o dobro de risco de serem diagnosticadas com o câncer ginecológico;
- idade: o câncer ginecológico é mais comum após a menopausa e em mulheres com mais de 63 anos.
Enfim, se você se identificou com algum desses fatores de risco, não se desespere. O melhor a se fazer é buscar a avaliação de um médico e verificar a necessidade de realizar ou não exames de rastreamento para o câncer ginecológico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!