Quando falamos de câncer ginecológico, estamos falando de tumores malignos que se desenvolvem no colo do útero, vagina, ovário, endométrio e vulva. Quanto mais cedo for diagnosticado, maior será a efetividade do tratamento e as chances de cura.
Neste sentido, a realização de exames de detecção é fundamental para que essa doença seja percebida ainda em estágio inicial. Então, continue a leitura e conheça mais sobre as principais ferramentas para obter esse diagnóstico.
1) Papanicolau
O câncer de colo de útero é o quarto tipo de tumor com maior prevalência entre as mulheres, com exceção do tipo não melanoma. O exame papanicolau é a principal forma de detectar lesões que podem transformar-se em câncer.
Ainda, o procedimento é simples e permite a análise de amostras recolhidas do colo do útero através da raspagem. Todas as mulheres precisam realizar este exame, seguindo a seguinte frequência:
- a cada três anos, para mulheres entre 21 e 22 anos;
- a cada cinco anos, o papanicolau deve ser feito junto com o teste de detecção do DNA do Papilomavírus humano (HPV);
- acima dos 70 anos não precisam mais realizar o procedimento, desde que haja três ou mais testes normais em sequência;
- mulheres expostas ao vírus da AIDS ou com enfraquecimento imunológico precisam repetir o exame anualmente.
2) Colposcopia
A colposcopia é outro exame utilizado para a detecção precoce do câncer de colo do útero. O procedimento é feito com a ajuda de um colposcópio, instrumento com lentes de aumento que possibilita a visualização da superfície dessa região.
Ainda, a colposcopia não é um exame doloroso e pode ser feito por gestantes. Caso seja identificada alguma anormalidade, será realizada uma biópsia para confirmar ou não o diagnóstico de um câncer ginecológico.
3) Ultrassonografia transvaginal
A ultrassonografia transvaginal é um dos exames mais importantes para o rastreamento do câncer ginecológico e tem como finalidade avaliar a anatomia dos órgãos genitais femininos, como útero, ovários, trompas e colo do útero.
Ainda, a ecografia transvaginal, como é chamada, é um complemento da ultrassonografia pélvica e oferece maior precisão na visualização da região. O exame é feito com a paciente deitada em posição ginecológica e um transdutor é introduzido para captar imagens dos órgãos.
Em seguida, as informações são transmitidas para o computador, onde é possível ver as imagens e avaliar as medidas do útero e ovários, assim como o aspecto desses órgãos. Com isso, o médico analisa as imagens e, caso necessário, determina a medida terapêutica mais adequada.
4) Histeroscopia
A histeroscopia é um procedimento que permite identificar e tratar alterações dentro do útero, tais como, pólipos, miomas, sangramentos uterinos e alterações anatômicas. A histeroscopia é feita com o uso do histeroscópio, equipamento que possui uma câmera em sua extremidade.
Ainda, a histeroscopia deve ser realizada na primeira quinzena da menstruação, quando a mulher não está mais menstruada. Porém, não pode ser feito em gestantes e nem em casos de infecção vaginal.
Enfim, esses são alguns dos exames mais importantes para a detecção precoce do câncer ginecológico. Portanto, para afastar o risco e contribuir para o diagnóstico da doença, mantenha uma rotina de visitas regulares ao seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!