Câncer ginecológico Quais são os tipos e tratamentos

Câncer ginecológico: Quais são os tipos e tratamentos?

No Brasil o câncer do colo do útero, um tipo de câncer ginecológico, é o terceiro tipo de mais incidente entre as mulheres. Para o ano de 2023 foram estimados 17.010 casos novos, representando um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o instituto nacional do câncer.

Quer saber mais sobre o assunto? No post a seguir apresentaremos tudo que você precisa saber sobre tipos e tratamentos de cânceres ginecológicos. Portanto, caso tenha interesse, continue a leitura!

Quais são os tipos e tratamentos do câncer ginecológico?

Entre os tumores que afetam o sistema genital feminino, o câncer do colo de útero e câncer de ovário são os mais prevalentes, mas os cânceres ginecológicos compreendem ainda os tumores de endométrio, vagina e vulva.

Veja a seguir detalhes sobre cada tipo de câncer ginecológico

Câncer de endométrio

O endométrio é um tecido altamente vascularizado que reveste a parede interna do útero. O Câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Ele acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos. 

O principal fator de risco para o câncer de endométrio é a exposição a longo prazo ao estrogênio, produzido pelo próprio organismo ou recebido em forma de terapia hormonal. Outros fatores de risco incluem menstruação precoce, menopausa tardia, obesidade e histórico familiar.

O tratamento mais usado para a condição de câncer de endométrio é a cirurgia para remoção do tumor, do útero, trompas, ovário e gânglios linfáticos da pelve, caso haja a necessidade. 

Câncer de colo do útero

No Brasil, o câncer do colo do útero é a terceira causa de morte por neoplasias na população feminina. Em áreas mais carentes da região norte, a doença ainda é a primeira causa de morte por câncer em mulheres. 

O principal fator de risco é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido principalmente pelo contato sexual sem proteção. O HPV pode ser prevenido com a vacina contra o HPV administrada em crianças e adolescentes. 

O tratamento pode ser feito através de cirurgia para retirada total do tumor ou de fragmentos, podendo ser acompanhada por radioterapia, quimioterapia ou terapia alvo.

Câncer de ovário

Ao contrário do câncer do colo do útero, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Aproximadamente 75% dos tumores apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. 

Os fatores de risco são idades superiores a 40 anos, histórico familiar, gravidez após os 30 anos, além do uso contínuo de anticoncepcionais e reposição hormonal.

O câncer de ovário é tratado com a retirada, por meio de procedimento cirúrgico, dos ovários, trompas, útero e de um tecido chamado omento, que fica dentro da cavidade abdominal.

Câncer de vagina 

A maioria dos tumores na região da vagina se originam em outros sítios e o acometimento é por disseminação de doenças (tumores secundários), mas em alguns casos o tumor pode se formar na própria vagina.

Entre os possíveis sintomas estão sangramentos após relação sexual; sangramento não relacionado à menstruação; dor pélvica ou na vagina; dor ao urinar; e constipação.

Para o câncer vaginal invasivo, existem três principais tratamentos: radioterapia, cirurgia e quimioterapia. O câncer de vagina invasivo é tratado principalmente com radioterapia e cirurgia. A quimioterapia em combinação com a radioterapia pode ser utilizada para tratar a doença avançada.

Câncer de vulva

O câncer de vulva é uma neoplasia bastante incomum. Ocorre predominantemente em mulheres de 65 a 70 anos, e geralmente se apresenta como uma úlcera ou placa. Habitualmente, se desenvolve de uma forma lenta durante vários anos.

Tem como maior fator de risco o HPV. Outros fatores de risco identificados incluem mulheres imunossuprimidas; com história prévia de lesões vulvares pré-cancerígenas ou lesões de pele envolvendo a vulva; pacientes que tiveram câncer cervical; tabagismo e idade avançada.

O tratamento adequado depende do estágio, localização e extensão da doença. As modalidades disponíveis são: cirurgia, radioterapia externa, braquiterapia, quimioterapia ou a combinação de duas, ou mais modalidades.

Considerações finais sobre o câncer ginecológico

Por fim, com a leitura deste post, você ficou por dentro dos principais tipos e tratamentos dos quadros de câncer ginecológico. Portanto, em caso de emergência, procure imediatamente por acompanhamento médico especializado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

O que deseja encontrar?

Compartilhe