Colangiocarcinoma: sintomas, causas e tratamento

O nome colangiocarcinoma pode parecer difícil, mas a definição é fácil de compreender. Trata-se de câncer nas vias biliares. Ele corresponde a 2% dos tumores gerais e de 5% até 30% dos carcinomas hepáticos. Esse tipo de tumor maligno é considerado raro. É também mais incidente dos 50 aos 70 anos de idade, embora possa se desenvolver mais cedo. 

O colangiocarcinoma acontece quando células cancerosas crescem no duto biliar. O duto biliar é formado por uma série de ramos. Eles são responsáveis por transportar a bile do fígado para o intestino delgado e vesícula biliar. A bile, por sua vez, é um líquido que ajuda na digestão dos alimentos e eliminação dos resíduos do corpo.

Os tumores das vias biliares são classificados conforme sua localização:

  • Intra-hepáticos: se localizam nas ramificações do duto biliar presentes no fígado;
  • Perfilados:  se desenvolvem no ponto em que tais ramos se encontram e saem do fígado;
  • Distais: se desenvolvem na área do duto biliar mais perto do intestino delgado.

Quer conhecer as causas, sintomas e tratamentos do colangiocarcinoma? Leia o artigo e saiba mais.

Sintomas de colangiocarcinoma

Esse tipo de câncer pode ser assintomático no começo. Quando os sinais se manifestam, pode ocorrer icterícia, dor abdominal, febre, fadiga, fraqueza, redução do apetite, emagrecimento, coceira na pele, urina escura e fezes claras.

Causas de colangiocarcinoma

A causa específica do colangiocarcinoma não é conhecida. Acredita-se, entretanto, que falhas genéticas podem ter relação com o crescimento anormal de células cancerígenas no duto biliar. Alterações em genes foram encontradas em muitos tumores do tipo e os principais erros genéticos encontrados são no gene P53 e gene K-ras.

Os principais fatores de risco para o surgimento de colangiocarcinoma são a fibrose hepática, doença de Caroli, colelitíase, parasitoses, tifo fecal, colangite esclerosante, tabagismo, uso de pílula anticoncepcional, radiocontraste, obesidade, HIV, diabetes, exposição a metildopa, isoniazida e asbesto, cirrose, doença hepática alcoólica, hepatite C, papilomatose múltipla biliar, síndrome de Lynch e cistos de colédoco.

Tratamentos possíveis

O primeiro passo para o tratamento adequado consiste em obter um diagnóstico preciso. Os tumores no duto biliar são diagnosticados a partir da análise de eventuais sintomas, realização de exame físico e testes complementares como exames de sangue, triagem tumoral, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Pode haver, também, a necessidade de fazer procedimentos como a Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, angiografia, laparoscopia e biópsia.

O protocolo terapêutico depende de fatores como o estágio do câncer, localização do tumor e estado da saúde geral do paciente. O tratamento pode envolver cirurgia para a retirada do tumor, colocação de stent para alívio dos sintomas, além de radioterapia e quimioterapia.

Melhor que tratar o problema é preveni-lo. Alguns fatores de risco são controláveis, por isso, é importante adotar algumas medidas para evitar o colangiocarcinoma. Vale a pena adotar uma dieta balanceada, fazer exercícios regularmente, manter o peso saudável, limitar o consumo de álcool, não fumar e fugir da exposição a diversas toxinas.

Quer saber mais sobre o colangiocarcinoma? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

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