Colite Ulcerativa

Colite Ulcerativa e Câncer de Cólon: Riscos, Diagnóstico e Tratamentos

A colite ulcerativa e a doença de Crohn são as principais doenças inflamatórias intestinais (DIIs), condições crônicas e idiopáticas que afetam o trato gastrointestinal. Essas duas condições estão diretamente relacionadas ao câncer de cólon.

Quer saber mais sobre essas doenças e sua relação com o câncer? Então, recomendamos a leitura do texto. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

O que é a colite ulcerativa?

Trata-se de uma doença crônica que acomete o intestino grosso, causando inflamação e promovendo o surgimento de úlceras. Embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum na faixa etária de 14 a 24 anos.

Ainda, a colite ulcerativa costuma iniciar no reto, podendo permanecer nele ou se alastrar por todo o cólon. Porém, diferente da doença de Crohn, a colite não afeta  todo o trato gastrointestinal, mas apenas a camada interna do cólon.

No que se refere aos sintomas, eles só surgem nos episódios de crise, quando o paciente pode apresentar diarreia violenta, com muco e sangue, febre alta, dor abdominal e peritonite. Em alguns casos, ele também pode sentir uma grande vontade em evacuar com leves cólicas.

Como é causada?

A causa específica da colite ulcerativa ainda não é conhecida. Acredita-se que esteja relacionada com um distúrbio do sistema imunológico, em decorrência de uma resposta excessiva ao tentar combater um invasor que acaba afetando as próprias células.

Além disso, há hereditariedade pode ter algum papel no desenvolvimento desta DII. Existem também fatores que contribuem para o aparecimento ou agravamento do quadro. São eles:

  • histórico familiar da doença;
  • perda de peso ou de apetite;
  • sangramento retal e dor abdominal;
  • diarreia ou constipação;
  • presença de muco ou pus nas fezes;
  • anemia.

Qual a relação com o câncer de cólon?

O câncer de cólon e reto é o terceiro tipo mais comum entre homens e mulheres no Brasil com origem na mucosa que reveste o intestino. Geralmente, essa doença se apresenta por pólipos adenomatosos.

Ainda, a colite ulcerativa é um fator de risco para essa neoplasia maligna. Dessa forma, quando não tratamos a doença, o quadro se agrava e os episódios de crise se tornam mais frequentes. Com isso, tende a afetar todo o intestino grosso.

Nesse sentido, estima-se que após 20 anos de diagnóstico, cerca de 7 a 10% das pessoas desenvolvam o câncer de cólon. Depois de 35 anos, o risco aumenta para 30%. Dessa forma, percebe-se que há uma forte relação entre essas condições.

Como é o diagnóstico?

Em suma, o diagnóstico da colite ulcerativa se dá pela análise dos sintomas relatados, conhecimento do seu histórico de saúde clínico e familiar, bem como dos resultados de exames de imagem, laboratoriais e físicos.

Ademais, um dos principais recursos para confirmar o diagnóstico desta condição é a colonoscopia, procedimento que coleta imagens internas do paciente e permite mensurar a atividade inflamatória.

Como é o tratamento?

A colite ulcerativa não tem cura, mas os tratamentos disponíveis podem minimizar os sintomas e provocar a remissão da doença por longos períodos. De modo geral, o tratamento é medicamentoso e consiste no uso de medicamentos sulfa ou derivados de sulfa, corticoides, aminossalicilatos e imunomoduladores.

Existe também a possibilidade de cirurgia, especialmente em casos graves ou quando há maior risco para o desenvolvimento de câncer. Por fim, o procedimento consiste na remoção completa ou parcial do intestino grosso, reto e ânus.

Enfim, com a leitura deste post, listamos tudo o que você precisa saber sobre a colite ulcerativa, suas causas, diagnóstico, tratamento e como se dá sua relação com o câncer de cólon. Então, o acompanhamento de um especialista é fundamental para garantir o controle da doença.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Então, leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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