Você já ouviu falar em esofagectomia? Trata-se de um procedimento cirúrgico para remover a totalidade ou uma porção do esôfago. O esôfago é um órgão de formato tubular, responsável pela condução dos alimentos líquidos e sólidos da boca até o estômago.
Assim como qualquer outro órgão, o esôfago pode adoecer e, dessa forma, precisar ser tratado adequadamente. Geralmente, a operação é realizada para retirar um tumor maligno em estágio inicial juntamente com parte do tecido adjacente normal. A quantidade do órgão a ser removida depende diretamente do estadiamento da doença. Em alguns casos, é preciso retirar também uma porção de outros órgãos, como o estômago, por exemplo.
Quer saber mais detalhes sobre a esofagectomia? Então, leia o artigo e entenda melhor como acontece o procedimento para a remoção do esôfago.
É possível viver sem o esôfago?
O esôfago é um órgão muito importante, que integra o sistema digestivo e existe para que se possa alimentar naturalmente. Entretanto, quando ele está comprometido, a esofagectomia se configura como uma alternativa de sobrevida. Então, o procedimento deve ser encarado com otimismo.
Para que o indivíduo continue se alimentando pós-cirurgia, o esôfago pode ser reconstruído com tecidos do intestino delgado, estômago ou intestino grosso. Ou seja, outros órgãos realizarão a função do esôfago, que consiste em conduzir os alimentos.
A cirurgia de remoção do esôfago (esofagectomia) pode curar o câncer?
Quando o câncer ainda não se espalhou além do esôfago e está em estágio inicial, a remoção do órgão pode curar o câncer. Entretanto, boa parte dos tumores de esôfago não é diagnosticada precocemente, o que reduz as chances de cura somente com sua retirada.
Como a esofagectomia é feita?
As duas técnicas que podem ser utilizadas para retirar o esôfago são a esofagectomia aberta e a esofagectomia minimamente invasiva. Dessa forma, na primeira, o órgão é removido por meio de cortes no abdômen e na caixa torácica. Na segunda, a técnica consiste em remover o esôfago através de pequenas incisões. Dessa forma, a operação é realizada com o auxílio de um endoscópio.
Independentemente da técnica eleita pelo cirurgião, juntamente com o indivíduo, os gânglios linfáticos são removidos para biópsia (exame anatomopatológico). Contudo, se a doença se disseminar para os linfonodos, pode haver necessidade de complementar o tratamento cirúrgico com radioterapia ou quimioterapia.
Quais são os riscos e efeitos colaterais da operação?
Como qualquer outro tipo de cirurgia, a esofagectomia envolve riscos. Assim, o indivíduo que se submete à operação está sujeito às reações da anestesia, trombose, hemorragia, problemas de deglutição, engasgos, complicações pulmonares, alterações vocais, problemas digestivos, dentre outros.
Os riscos de complicações e efeitos colaterais diminuem muito se o paciente realiza todos os exames pré-operatórios, escolher um cirurgião de confiança, bem como adotar os devidos cuidados pós-cirúrgicos.
Quer saber um pouco mais sobre a esofagectomia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!