Você já ouviu falar em esofagectomia? É um procedimento cirúrgico para remover fragmentos ou completamente o esôfago. O esôfago é um órgão em forma de tubo, que conduz os alimentos da boca até o estômago.
Quer saber mais sobre o assunto? No texto a seguir você encontrará tudo que precisa saber sobre a esofagectomia. Portanto, não deixe de continuar a leitura!
Como é feita a esofagectomia?
A esofagectomia consiste na retirada parcial ou total do esôfago, a depender do que a condição do paciente exige. O tamanho da parte que será removida é determinado pela extensão da área afetada e do impacto ao órgão.
Pode ser realizada de duas maneiras. Uma é a esofagectomia aberta: ao utilizar esse método o cirurgião faz pequenas incisões no pescoço, no abdômen e no tórax do paciente. A outra é a feita por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica, considerada minimamente invasiva.
Para que o indivíduo continue se alimentando pós-cirurgia, o esôfago pode ser reconstruído com tecidos do intestino delgado, estômago ou intestino grosso. Ou seja, outros órgãos realizarão a função do esôfago, que consiste em conduzir os alimentos.
Infelizmente, pode ocorrer de os tumores do esôfago não serem diagnosticados precocemente. Mas, quando a doença é descoberta e ainda não se espalhou, a esofagectomia pode levar a cura ao paciente.
Para quem é indicada a esofagectomia?
A indicação mais comum para a esofagectomia é o câncer de esôfago, principalmente nos estágios iniciais, quando são maiores as chances de remoção do tumor. Outra condição que costuma indicar esse procedimento é o esôfago de Barrett.
Como é o pós-operatório?
A esofagectomia é uma cirurgia de grande porte, e geralmente, o paciente precisa ficar por dois ou três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para que depois possa ser liberado e ir para o quarto, onde já terá condições de levantar e caminhar.
Existem riscos com esse procedimento?
A esofagectomia é considerado um procedimento complexo e pode ter complicações como o desenvolvimento de refluxo esofagogástrico, pneumonia e arritmia cardíaca. Em alguns casos pode ocorrer o surgimento de fístulas na região operada.
Além disso, podem ocorrer reações à anestesia, hemorragia ou coágulos de sangue nos pulmões, ou em outros locais e infecções. A maioria das pessoas apresenta alguma dor após o procedimento, o que normalmente pode ser aliviado com medicamentos.
Estenoses podem ser formadas quando o esôfago é cirurgicamente ligado ao estômago, o que pode causar problemas de deglutição em alguns pacientes. Esse sintoma pode ser aliviado durante uma endoscopia digestiva alta.
Após a cirurgia, o estômago pode, inicialmente, levar um tempo maior para esvaziar, porque os nervos que controlam as contrações podem ter sido afetados pela cirurgia. Isso pode, em alguns casos, levar a náuseas e vômitos frequentes.
Ademais, o paciente pode voltar ao trabalho somente quando estiver totalmente recuperado, em torno de 15 a 30 dias, e a alta dependerá da evolução do pós-operatório.
Por fim, com a leitura deste post, você se informou sobre os principais pontos relacionados ao procedimento de esofagectomia. Portanto, fique atento às dicas e em caso de dúvidas não hesite em procurar orientação médica especializada.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!