O Exame de Papanicolau é um procedimento essencial na área da ginecologia.Esse exame desempenha um papel fundamental na detecção precoce e prevenção do câncer de colo do útero, além de outras doenças ginecológicas.
No texto a seguir, discutirei em detalhes como o exame é realizado, as doenças que podem ser diagnosticadas através dele, a frequência recomendada e as indicações para a sua realização. Continue a leitura!
O procedimento do Exame de Papanicolau
O Exame de Papanicolau é um teste simples, rápido e relativamente indolor, realizado no consultório médico. A coleta das células do colo do útero é realizada utilizando uma espátula ou uma escova especial para coleta, que são inseridas na vagina para obter uma amostra das células do colo do útero.
Em alguns casos, o médico também pode realizar uma colposcopia, que é a visualização ampliada do colo do útero com o auxílio de um instrumento chamado colposcópio. O material coletado é então enviado para análise laboratorial, onde as células são examinadas microscopicamente por um citologista treinado.
Quais doenças podem ser diagnosticadas pelo exame de Papanicolau?
O principal objetivo do Exame de Papanicolau é a detecção precoce do câncer de colo do útero. No entanto, além do câncer, o exame também pode identificar outras condições ginecológicas, como a presença de células pré-cancerosas, infecções vaginais, infecções por HPV (papilomavírus humano) e outras alterações celulares anormais.
Essas descobertas precoces possibilitam intervenções médicas imediatas, quando necessário, contribuindo para um melhor prognóstico e tratamento adequado.
Qual a periodicidade recomendada e indicações?
A frequência com que o Exame de Papanicolau deve ser realizado varia de acordo com a idade e o histórico médico de cada paciente. Em geral, a recomendação é iniciar o exame após o início da atividade sexual ou a partir dos 21 anos de idade, o que ocorrer primeiro.
Para mulheres com menos de 30 anos, o exame é recomendado a cada três anos, desde que os resultados sejam normais. A partir dos 30 anos, o exame pode ser combinado com o teste de DNA do HPV, aumentando a sensibilidade e permitindo um intervalo de cinco anos entre os exames, caso ambos os resultados sejam negativos.
Mulheres com histórico de resultados anormais ou com fatores de risco adicionais, como infecção por HIV, sistema imunológico enfraquecido ou exposição prévia ao dietilestilbestrol (DES), podem necessitar de exames mais frequentes e acompanhamento médico mais rigoroso.
Além disso, é importante ressaltar que o Exame de Papanicolau não é indicado durante a gravidez, a menos que haja uma indicação específica do médico, como em casos de sangramento vaginal anormal.
Por fim, o exame de Papanicolau é uma ferramenta crucial na saúde feminina, permitindo a detecção precoce de doenças ginecológicas perigosas. Com sua realização regular, é possível identificar células anormais e iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível, melhorando significativamente as chances de cura.
É importante ressaltar que o Exame de Papanicolau é um procedimento seguro, realizado no consultório médico, por profissionais treinados. Embora possa causar algum desconforto leve, é um exame rápido e fundamental para a saúde ginecológica.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!
pelo iMedicina. Todos os direitos reservados.